Joesley usou avião da JBS para ir aos EUA por 'segurança', diz empresa
Danilo Verpa - 13.fev.2017/Folhapress | ||
Joesley Batista (foto) usou avião da JBS para ir aos EUA por 'segurança pessoal', diz empresa |
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) questionou a JBS na sexta (26) sobre o uso feito pelo controlador Joesley Batista de um avião pertencente à companhia de capital aberto da qual também são sócios o BNDES e a Caixa.
O empresário e sua família viajaram para os Estados Unidos no avião após a delação dos Batista na Lava Jato.
O uso da propriedade de uma empresa de capital aberto para fins particulares do controlador desatrelados dos interesses dos outros acionistas é considerado má prática de governança corporativa e prejudica indiretamente outros sócios da companhia.
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Nesta terça (30), a JBS respondeu que o jato foi usado para "garantir a segurança pessoal" do empresário, que na ocasião era presidente do conselho de administração.
O questionamento foi desencadeado por reportagem da Folha de sexta, que informava que o avião não pertence à pessoa física de Joesley, e sim à companhia.
A cada vez que a família Batista usa o avião para atividades privadas —como foi o caso da mudança que levou também o diretor Ricardo Saud—, quem divide a conta são BNDES e Caixa, que, juntos, detêm cerca de 26% de participação na JBS, além dos outros acionistas minoritários, com cerca de 30%.
A CVM, então, pediu à empresa que apresentasse documentos que comprovassem que a prática respeitou a política de remuneração.
Em resposta à CVM, a JBS diz que o jato tem como finalidade ser "meio de transporte para seus administradores e executivos no exercício de suas atividades" e que a utilização do avião por Joesley foi autorizada por Wesley Batista, diretor-presidente da JBS e irmão do empresário.
Wesley disse que o uso da aeronave foi autorizado para "garantir a segurança pessoal do então presidente do conselho de administração" e que a viagem foi autorizada pela Procuradoria-Geral da República.
Segundo Wesley, a proteção seria "essencial para a salvaguarda de interesses da companhia", devido à delação dos irmãos que abalou o governo Michel Temer.
INTEGRIDADE FÍSICA
"A integridade física e moral do sr. Joesley Batista, assim como a dos demais colaboradores que são ou eram administradores da JBS, está, por esse motivo, asseverou o diretor-presidente, compassada com os melhores interesses da companhia", diz o comunicado.
O jato Gulfstream Aerospace GV-SP (550) da JBS usado por Joesley é top de linha em sua categoria e tem preço estimado em US$ 65 milhões.
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