Balança comercial tem superavit recorde de US$ 7,7 bilhões em maio
A balança comercial registrou um superavit recorde de US$ 7,7 bilhões em maio, o melhor resultado mensal da série histórica do governo, que começa em 1989.
O resultado acumulado de janeiro a maio, um superavit de US$ 29 bilhões, é o maior para o período. Os dados foram divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços nesta quinta-feira (1º).
O superavit do mês passado é resultado de exportações no valor de US$ 19,8 bilhões e de importações que somaram US$ 12,1 bilhões. De janeiro a maio, as vendas externas somaram US$ 87,9 bilhões e as importações, US$ 58,9 bilhões.
As exportações estão entre as principais causas do resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano. De acordo com o IBGE, a economia brasileira cresceu 1% no período, ante o último trimestre de 2016.
Segundo economistas ouvidos pela Folha, se não fosse pelas exportações, o PIB teria recuado 0,5%.
Em maio, as exportações cresceram 7,5% em relação a igual mês de 2016. Na comparação com abril, contudo, houve uma queda de 8,4%. As importações subiram 4% ante maio do ano passado e caíram 7,4% na comparação com abril.
A expectativa do governo é chegar ao fim do ano com um superavit superior a US$ 55 bilhões na balança comercial. Se esse resultado for alcançado, será o maior da série histórica do ministério.
"As exportações estão crescendo significativamente. Tem uma demanda mais aquecida por produtos brasileiros e tem uma capacidade de oferta ampliada, inclusive devido a safra recorde de grãos. Tem também o setor automotivo contribuindo", disse o diretor de estatística e apoio à exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Herlon Brandão, para explicar a projeção.
A chamada conta petróleo, que considera a compra e a venda de petróleo e derivados, registrou um superavit de US$ 2,7 bilhões nos cinco primeiros meses deste ano. No mesmo período do ano passado, havia um deficit de US$ 1,2 bilhão.
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Em maio, os produtos semimanufaturados representaram a maior alta nas exportações, de 16,4% comparado a igual mês de 2016. O resultado foi puxado por produtos como celulose, ferro fundido e madeira serrada.
A exportação de produtos básicos subiu 11,6% no mesmo período, puxada por minério de ferro, petróleo em bruto e milho em grão.
As vendas externas de manufaturados, ao contrário, caíram 1,2%. A queda é explicada principalmente por motores e geradores elétricos e polímeros plásticos.
Nas importações, houve queda no mês apenas na compra de bens de capital (-20,7%). Cresceram as importações de combustíveis e lubrificantes (+30,2%), bens de consumo (+20,2%) e bens intermediários (+1,5%).
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