Governo anuncia novas metas fiscais nesta terça
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
O presidente Michel Temer, acompanhado do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) |
O Ministério da Fazenda informou que as novas metas fiscais para 2017 e para 2018 serão anunciadas nesta terça-feira (15) –a previsão é divulgação ocorra às 18h.
Pela manhã, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o anúncio da revisão deveria ficar para esta quarta-feira (16), porque o governo ainda buscava receitas extraordinárias na área de energia.
As metas estabelecidas pelo governo preveem a redução do deficit do Orçamento para R$ 139 bilhões neste ano e R$ 129 bilhões em 2018, mas a lenta recuperação da economia e das receitas federais obrigou o governo a rever suas projeções para os dois anos.
Uma meta de deficit maior permitirá que o governo acomode mais gastos, evitando a paralisação de serviços públicos e garantindo verbas para redutos eleitorais de aliados. Mas a nova meta fará aumentar a dívida do governo, que precisará tomar recursos emprestados no mercado para financiar as despesas.
Após várias reuniões e dois adiamentos do anúncio oficial, o presidente Michel Temer determinou que sua equipe econômica divulgasse a revisão das metas fiscais deste e do próximo ano ainda nesta terça.
Temer convocou no Palácio do Planalto para uma última reunião antes do anúncio os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (Planejamento) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado.
Integrantes da área política do governo se alinharam aos auxiliares do time econômico em torno do deficit de R$ 159 bilhões para os dois anos mas, até o fim da manhã desta terça, ainda discutiam quais seriam as formas de gerar receitas extraordinárias para ajudar o governo a fechar as contas.
Segundo a Folha apurou, estavam sendo avaliadas três alternativas no setor elétrico para gerar mais dinheiro para os caixas da União, inclusive com a venda de ativos.
Um dos impasses era o novo Refis. A Fazenda esperava conseguir arrecadar cerca de R$ 13 bilhões com o programa de refinanciamento das dívidas com o fisco, mas as alterações da medida na Câmara fez com que essa expectativa se frustrasse.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao ministro Henrique Meirelles (Fazenda) que era necessário apresentar uma número "viável" para que os parlamentares aprovassem o projeto. Segundo integrantes da cúpula do Congresso, esse valor poderia ficar em torno de R$ 8 bilhões.
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