Prévia da inflação sobe menos que o esperado e é a menor em 18 anos
A prévia da inflação oficial do Brasil subiu menos do que o esperado em agosto, com nova queda dos preços de alimentos, e em 12 meses foi ao menor nível em quase 20 anos, mantendo o espaço para que o Banco Central siga com a trajetória mais forte de corte dos juros básicos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,35% em agosto, depois de ter recuado 0,18% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (23).
Em 12 meses, o indicador acumulou alta de 2,68%, menor patamar desde março de 1999 (2,64%). Com isso, o indicador ficou ainda mais abaixo do piso da meta oficial deste ano, de 4,5% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Inflação - Índice de variação de preços medido pelo IPCA-15, em %
Ambos os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters junto a analistas, de avanço mensal de 0,40% e alta de 2,73% no acumulado de 12 meses.
Segundo o IBGE, em agosto o grupo Alimentação e Bebidas, que responde por 25% das despesas das famílias, recuou 0,65%, no terceiro mês seguido de queda dos preços. Os destaques foram os preços do feijão-carioca (-13,89%), batata-inglesa (-13,06%) e leite longa vida (-3,86%).
Também apresentaram queda os preços de Comunicação, de 0,32%, e de Vestuário, de 0,29%.
Na outra ponta, os grupos Transportes e Habitação registraram as maiores altas no mês, respectivamente de 1,35% e 1,01%. Somente os combustíveis subiram 5,96%, enquanto a tarifa de energia elétrica teve alta de 4,27% com a entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha.
TAXA DE JUROS
Com a pressão inflacionária contida e fraca atividade econômica, o BC vem reduzindo a taxa básica de juros desde outubro passado, levando-a aos atuais 9,25% após redução total de 5 pontos percentuais.
A autoridade monetária volta a se reunir no início de setembro, e a expectativa de economistas na pesquisa Focus é de manutenção do corte de 1 ponto, como nos três encontros anteriores, com a Selic terminando o ano 7,5%.
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