Com licença cancelada, Uber enfrenta limbo operacional em Londres
Toby Melville/Reuters | ||
Aplicativo da Uber é visto em Londres |
O motorista paquistanês Yasir Ahmmed diz não estar preocupado com a decisão da agência que regula os transportes públicos de Londres. O taxista Jon (que não quis dar o sobrenome) alega que isso não tem nada a ver com ele. E o administrador de empresas brasileiro Darcio Pimenta, usuário do sistema de transporte em carros particulares, achou a decisão um erro e se preocupa que ela seja colocada em prática.
O cancelamento da licença de operação da Uber em Londres, que começa a valer neste sábado (30), deixou o serviço do aplicativo no limbo. A partir de domingo (1º), a empresa fica oficialmente proibida de atuar, embora esteja autorizada a continuar prestando serviços enquanto seu recurso é julgado –o que não tem prazo para ocorrer.
Usuários, trabalhadores e concorrentes aguardam ansiosos pelo desfecho da disputa jurídica, mas continuam convivendo com o transporte pelo aplicativo.
A decisão de proibir a Uber foi anunciada na sexta (22), pela Transport for London (TfL) que informou que não renovaria a licença, caracterizando a empresa como "inapropriada e inapta" e afirmando que a companhia não havia reportado devidamente "sérias ofensas criminais".
A empresa recorreu imediatamente. Três dias após o anúncio do cancelamento da licença, o novo presidente-executivo da Uber, Dara Khosrowshahi, pediu desculpas pelos erros da empresa. O executivo anunciou ainda que visitará Londres na terça (3) para negociações com a autoridade de transportes da capital britânica.
A disputa em torno do direito da Uber de operar em Londres se tornou um dos temas mais discutidos na cidade. Entre usuários, o clima é de frustração e revolta, mas também de confiança de que a decisão não vai ser mantida. No início da semana, uma petição on-line já reunia mais de 600 mil assinaturas pedindo pela liberação da Uber, e chegou a haver mobilização para boicotar os táxis.
"Acho que a proibição não vai pegar e que a TfL vai voltar atrás", disse Pimenta, 40, brasileiro que mora em Londres e usa o aplicativo em média três vezes por semana. "Se cancelar a Uber, vai complicar. Os táxis pretos não conseguem atender à demanda".
Segundo ele, a companhia oferece um serviço mais barato e melhor, pois aceita fazer até corridas curtas, o que táxis pretos rejeitam. "Da estação de metrô para a minha casa dá uma corrida de 7 libras de táxi, e muitos rejeitam fazer o transporte. Com Uber não tem esse problema", disse.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 28/03/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +0,32% | 128.106 | (17h30) |
Dolar Com. | +0,68% | R$ 5,0140 | (17h00) |
Euro | +0,04% | R$ 5,3979 | (17h31) |