UE decide sobretaxar aço laminado a quente do Brasil por dumping
Antônio Gaudério/Folhapress | ||
Indústria da CSN onde é feita a transformação de ferro líquido em aço líquido, em Volta Redonda (RJ) |
A União Europeia (UE) decidiu sobretaxar o aço laminado a quente do Brasil, Irã, Rússia e Ucrânia, após queixa de siderúrgicas europeias de que o produto usado para construção e maquinários estava sendo vendido a preços excessivamente baixos.
A UE cobrará uma tarifa antidumping de € 17,60 a € 96,50 (R$ 64,60 a R$ 354) por tonelada a partir de sábado (7), informou o diário oficial do bloco na sexta-feira.
A Comissão Europeia inicialmente havia proposto estabelecer um preço mínimo —de € 472,27 por tonelada—, mas revisou a proposta depois de não receber o apoio de países membros da UE.
Entre as empresas sujeitas à sobretaxa estão as unidades brasileiras de ArcelorMittal e Aperam, que também produzem na Europa, a Companhia Siderúrgica Nacional, Usiminas e Gerdau —com taxas entre € 53,40 e € 63 por tonelada.
O aço iraniano estará sujeito a uma taxa de € 57,50 por tonelada e a ucraniana Metinvest Group à cobrança de € 60,50.
As taxas para os produtores russos variaram entre € 17,60 para a PAO Severstal, € 53,30 para a Novolipetsk Steel e € 96,50 por tonelada para a MMK.
A Comissão também encerrou sua investigação sobre as importações de aço da Sérvia sem propor medidas.
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