Fortuna de ricos asiáticos encosta na dos Estados Unidos
Pela primeira vez, há mais bilionários na Ásia do que nos EUA. E não é só: pelo ritmo atual, em quatro anos, a fortuna dos ricos asiáticos, liderada pelos chineses, vai ultrapassar a dos americanos.
No ano passado, havia 637 bilionários na Ásia, 117 a mais que em 2015. Ou seja, é quase como se uma uma pessoa a cada três dias conseguisse obter seu primeiro US$ 1 bilhão. Nos EUA, eram 563, 25 mais do que no ano anterior.
A diferença agora, segundo levantamento do banco suíço UBS e da consultoria PricewaterhouseCoopers, é no patrimônio amealhado por esses grupos.
A fortuna dos bilionários asiáticos somou US$ 2 trilhões no ano passado (mais que o PIB brasileiro de 2016: US$ 1,8 trilhão), já a dos americanos chegou a US$ 2,8 trilhões. A diferença está no ritmo: na Ásia, o crescimento foi de 31% em relação a 2015, mais que o dobro do obtido nos Estados Unidos, 15%.
Nessa toada, já na próxima década, o patrimônio dos asiáticos vai bater o dos americanos. Se isso vai se concretizar nessa velocidade, segundo o UBS, vai depender se o investimento chinês liderado hoje pelo Estado vai ser substituído por outras fontes.
"À medida que a China associa o seu mercado de capitais ao sistema global, isso terá um impacto profundo nos fluxos de capital", afirmou Mark Haefele, diretor de investimentos do banco suíço.
De acordo com o executivo, o sucesso das políticas de crescimento adotadas pelo líder chinês Xi Jinping também vai influenciar a concretização da liderança em patrimônio dos bilionários asiáticos.
No ano passado, segundo a pesquisa do UBS, o aumento da riqueza na China foi resultado de uma combinação que envolveu estabilidade geopolítica, aumento dos preços dos imóveis, gastos com infraestrutura, crescimento da classe média e cotação maior de matérias-primas.
O resultado foi que três quartos dos novos bilionários do mundo vieram da China e da Índia, diz o estudo.
"Na China, um bilionário surge a cada três semanas", afirma Qiong Zhang, executiva do UBS no país asiático.
ARTES E ESPORTES
O aumento dos bilionários no mundo nos últimos anos (o patrimônio deles cresceu 17% apenas no ano passado) tem estimulado os investimentos em obras de arte e esportes mais do que nunca.
Entre os 200 maiores colecionadores de arte do mundo, quase 75% eram bilionários no ano passado, ante 15% em 1995. O japonês Yusaku Maezawa, 41 (dono, segundo a "Forbes", de US$ 4,2 bilhões), fez a maior compra de 2016: pagou US$ 110,5 milhões em uma obra do americano Jean-Michel Basquiat.
Além disso, um grupo de 109 bilionários é dono de mais de 140 grandes equipes de esporte do mundo.
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