Inflação recua para 0,28% em novembro, aponta IBGE
A inflação do país ficou em 0,28% em novembro, divulgou o IBGE nesta sexta-feira (8).
O IPCA, indiciador oficial de inflação, veio mais baixo do que o verificado em outubro, quando tinha variado 0,42%.
A queda do preço dos alimentos ajudou a desacelerar o indicador. Em novembro, os alimentos completaram sete meses seguidos de preços mais baixos, ao registraram queda de 0,38%. O recuo foi maior que o verificado em outubro, de 0,05%.
Os alimentos caíram de preço em razão da super safra no primeiro semestre do ano. Agricultores tiveram um bom início de ano, com produções recordes, o que ajudou a reduzir preços de alguns produtos. Neste ano, os alimentos, que foram um dos vilões da inflação no ano passado, deram alívio no bolso do consumidor.
Inflação - Variação do IPCA, em %
Itens importantes na cesta de compras do brasileiro tiveram quedas expressivas, como a farinha de mandioca (-4,78%), tomate (-4,64%), frutas (-2,09%), pão francês (-0,55%) e carne (-0,11%).
No acumulado do ano, alimentos têm queda de 2,40%, o menor índice desde 1994, ano da implantação do Plano Real.
A queda é verificada apenas no preço dos alimentos que são consumidos dentro de casa. Comer fora, contudo, ficou 0,21% mais caro em novembro.
A alimentação tem impacto significativo na inflação porque representa cerca de 25% das despesas das famílias.
Além da alimentação, o único dos nove grandes grupos de produtos e serviços investigados pelo IBGE que teve queda foram os artigos de residência. O recuo de 0,45% em novembro pode ser explicado pelas promoções da Black Friday no varejo.
Na ponta das altas, o destaque foi o grupo habitação. O indicador desacelerou em relação a novembro, mas manteve alta de 1,27% nos preços, tendo sido o de maior impacto no índice de inflação. A alta deveu-se ao aumento da tarifa da energia elétrica no período e do preço do gás de botijão, que subiu 1,57%. Além disso, desde 1º de novembro, o gás encanado no Rio de Janeiro sofreu reajuste de 1,54%.
Transportes tiveram alta de 0,52% em novembro, o que representou avanço frente a outubro (0,49%). A alta foi puxada por aumentos da gasolina (2,92%) e do etanol (4,14%).
ACUMULADO
A queda do preço dos alimentos ajudou a desacelerar a inflação. Em novembro, os alimentos completaram sete meses seguidos de preços mais baixos, ao registrarem queda de 0,38%.
O recuo foi maior do que o verificado no mês anterior, de 0,05%.
Apesar da desaceleração, a inflação de novembro veio mais alta do que a verificada um ano antes, em novembro de 2016 (0,18%).
No acumulado dos 11 meses do ano, a inflação ficou em 2,5% —a menor taxa acumulada para o mês desde 1998. Já no acumulado em 12 meses encerrados em novembro, a alta é de 2,80%. Nos dois casos, os valores ficaram abaixo do centro da meta de inflação do governo, de 4,5% ao ano com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Economistas e analistas ouvidos pelo Banco Central na semana passada no Boletim Focus estimam que a inflação termine o ano em 3,03%.
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