União, Estados e municípios têm rombo de R$ 909 mi em novembro
As contas do setor público (União, Estados e municípios) ficaram no vermelho em R$ 909 milhões em novembro.
Apesar de o resultado ser deficitário, esse foi o melhor resultado para o mês desde 2013, segundo divulgou o Banco Central nesta quinta-feira (28).
O rombo foi influenciado principalmente pelo mau resultado dos municípios, que apresentaram um deficit de R$ 915 milhões no mês passado.
"Sazonalmente, há aumento de despesas dos governos regionais no final do ano, com pagamento, por exemplo, de 13º salário", explicou o chefe adjunto do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Renato Baldini.
O chamado governo central (governo federal, Banco Central e Previdência) também teve um resultado negativo, de R$ 366 milhões.
Por outro lado, tanto os Estados quanto as empresas estatais tiveram resultado positivo —de R$ 128 milhões e R$ 245 milhões, respectivamente.
Baldini lembrou que a receita extraordinária de R$ 12,1 bilhões com o leilão de quatro usinas hidrelétricas ajudou a reduzir o resultado negativo.
"Além disso, no ano passado houve pagamento de precatórios concentrado nos últimos dois meses do ano, o que não ocorreu neste ano", declarou.
No acumulado do ano, o deficit primário (receitas menos despesas antes do pagamento de juros da dívida) do setor público foi de R$ 78,2 bilhões.
No acumulado de 12 meses encerrados em novembro, as contas do setor público mostraram deficit de R$ 148,9 bilhões —a nova meta para este ano é de um rombo de R$ 163,1 bilhões para União, Estados e municípios.
O representante do BC admitiu que há uma distância grande entre a meta e os R$ 78,2 bilhões de deficit verificados até novembro —para a meta ser cumprida integralmente, somente em dezembro o resultado primário teria que ser negativo em R$ 84,9 bilhões. Isso não é difícil de acontecer, entretanto: em dezembro de 2016, por exemplo, o rombo foi de R$ 70,7 bilhões.
Além disso, a equipe econômica já informou que espera uma certa folga em relação à meta.
A dívida líquida do setor público alcançou R$ 3,3 trilhões no mês passado, ou 51,1% do PIB (Produto Interno Bruto).
Já a dívida bruta foi de R$ 4,8 trilhões, para 74,4% do PIB.
ENTENDA
Superavit ou deficit primário é o quanto de despesa ou receita o governo gera, após a quitação de seus gastos, sem considerar os pagamentos com os juros da dívida.
O resultado é divulgado de duas maneiras. A primeira divulgação, pelo Tesouro Nacional, leva em conta a economia ou despesa apenas da União, enquanto a segunda leva em consideração o saldo de todo o setor público (União, Estados, municípios e estatais).
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 18/04/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +0,02% | 124.196 | (17h38) |
Dolar Com. | +0,15% | R$ 5,2507 | (17h00) |
Euro | +0,23% | R$ 5,5983 | (17h31) |