Depois de um dos piores tombos de sua história (queda de 8,2% do segundo trimestre de 2014 ao último de 2016), a economia brasileira deu sinais de vida em 2017.
Na média, o crescimento do ano será ainda pífio (perto de 1%), mas a sensação de melhora vai ficando mais forte com o passar do tempo (ou, como dizem os economistas, na ponta).
Veja abaixo em 5 gráficos por que nosso bolso parece doer menos agora, e o que pode estragar essa sensação no futuro.
1 - O EMPREGO DESPIOROU...
Entre fevereiro e abril, de cada 1.000 brasileiros dispostos a trabalhar, 136 estavam sem vaga. Agora, são cerca de 120
...MAS AINDA É PRECÁRIO
De cada 3 vagas criadas no ano, 2 foram sem carteira assinada
2 - A RENDA QUASE MELHOROU...
O salário médio subiu pouco, cerca de 2%
...MAS PODE EMPACAR
As empresas vão reduzindo estoques, mas ainda trabalham com capacidade ociosa. A recuperação e a volta do investimento serão lentas
3 - A INFLAÇÃO REFRESCOU...
A queda da inflação fez o dinheiro valer mais. O preço da comida, por exemplo, caiu sete meses seguidos, de maio a novembro
...MAS PODE DESMELHORAR
O aquecimento da economia mundial (mais demanda) e das temperaturas globais (seca provocando menos oferta e aumentando o custo da energia ) podem pressionar os preços
4 - O JURO RECUOU...
A taxa básica (Selic) serve de parâmetro para todos os empréstimos; quando ela cai, as outras taxas também caem
...MAS PODE REPICAR
A dívida pública continua subindo em relação ao PIB, o que pode forçar nova alta nos juros
5 - O CRÉDITO ALIVIOU...
O crédito para pessoa física ficou um pouco mais barato e a concessão aumentou. No comércio, a taxa média caiu de 97,6% no começo do ano para perto de 91%
...MAS EXIGE CUIDADOS
As taxas de inadimplência ainda são altas e pesquisas indicam que os brasileiros têm propensão a se endividar
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