5 gráficos sobre o alívio do fim de 2017 (e 5 alertas para o futuro)

Crédito: Rivaldo Gomes/Folhapress Emprego deu sinais de melhora em 2017, mas ainda é precário
Emprego deu sinais de melhora em 2017, mas ainda é precário

ANA ESTELA DE SOUSA PINTO
DE SÃO PAULO

Depois de um dos piores tombos de sua história (queda de 8,2% do segundo trimestre de 2014 ao último de 2016), a economia brasileira deu sinais de vida em 2017.

Na média, o crescimento do ano será ainda pífio (perto de 1%), mas a sensação de melhora vai ficando mais forte com o passar do tempo (ou, como dizem os economistas, na ponta).

Veja abaixo em 5 gráficos por que nosso bolso parece doer menos agora, e o que pode estragar essa sensação no futuro.

1 - O EMPREGO DESPIOROU...

Entre fevereiro e abril, de cada 1.000 brasileiros dispostos a trabalhar, 136 estavam sem vaga. Agora, são cerca de 120

...MAS AINDA É PRECÁRIO

De cada 3 vagas criadas no ano, 2 foram sem carteira assinada

2 - A RENDA QUASE MELHOROU...

O salário médio subiu pouco, cerca de 2%

...MAS PODE EMPACAR

As empresas vão reduzindo estoques, mas ainda trabalham com capacidade ociosa. A recuperação e a volta do investimento serão lentas

3 - A INFLAÇÃO REFRESCOU...

A queda da inflação fez o dinheiro valer mais. O preço da comida, por exemplo, caiu sete meses seguidos, de maio a novembro

...MAS PODE DESMELHORAR

O aquecimento da economia mundial (mais demanda) e das temperaturas globais (seca provocando menos oferta e aumentando o custo da energia ) podem pressionar os preços

4 - O JURO RECUOU...

A taxa básica (Selic) serve de parâmetro para todos os empréstimos; quando ela cai, as outras taxas também caem

...MAS PODE REPICAR

A dívida pública continua subindo em relação ao PIB, o que pode forçar nova alta nos juros

5 - O CRÉDITO ALIVIOU...

O crédito para pessoa física ficou um pouco mais barato e a concessão aumentou. No comércio, a taxa média caiu de 97,6% no começo do ano para perto de 91%

...MAS EXIGE CUIDADOS

As taxas de inadimplência ainda são altas e pesquisas indicam que os brasileiros têm propensão a se endividar

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