MARIANA CARNEIRO
DE BRASÍLIA
FLAVIA LIMA
DE SÃO PAULO

Economistas preveem que as exportações deverão moderar neste e nos próximos anos, na esteira de uma recuperação mais forte do mercado interno.

O Itaú Unibanco prevê que, já neste ano, a combinação de retomada interna com preços, em média, mais baixos vão resultar em "números mais fracos".

Em 2017, graças a um avanço de 18% nas exportações, o saldo comercial foi de US$ 67 bilhões, o melhor resultado da história.

A previsão do banco é de um saldo de US$ 55 bilhões em 2018 e de US$ 50 bilhões em 2019. Lia Valls, da FGV, prevê algo em torno de US$ 45 bilhões em 2018.

André Mitidieri, da Funcex, concorda: responsáveis por boa parte do avanço das exportações em 2017, as matérias-primas não terão a mesma alta de preços neste ano.

Segundo Abrão Neto, secretário do Ministério de Indústria e Comércio Exterior, o acordo comercial com a Colômbia, que passou a vigorar em dezembro, deve ter efeitos positivos sobre as vendas de automóveis, setor que registrou um dos melhores desempenhos entre os produtos industrializados no ano passado (+24%).

Bruno Lavieri, da 4E Consultoria, vê pouco esforço dos governos para fechar acordos relevantes que permitam reação mais sustentável das trocas externas. "A falta de acordos dificulta a retomada mais rápida do comércio exterior e leva a um vazio nos próximos anos", diz Lavieri.

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