O banco central de Israel informou nesta segunda-feira (8) que não reconhece as criptomoedas, como o bitcoin, como moeda real e que é difícil elaborar regulamentos para monitorar os riscos dessa atividade para os bancos do país e seus clientes.
A vice-presidente Nadine Baudot-Trajtenberg disse que houve reclamações públicas de que os bancos israelenses estão dificultando a transferência de dinheiro das contas de alguns clientes para comprar bitcoin. Mas isso é algo que o banco central não é capaz de resolver. Outros bancos centrais enfrentaram o mesmo problema.
"A posição do Banco de Israel é que elas (moedas virtuais) deveriam ser vistas como ativo financeiro", disse Baudot-Trajtenberg em uma reunião do comitê de finanças do parlamento de Israel, observando que não há qualquer responsabilidade do governo para com os investidores em bitcoin.
O banco central, disse Baudot-Trajtenberg, está estudando a questão das criptomoedas, mas não há muito a aprender com o que existe globalmente, pois nenhum regulador em qualquer lugar do mundo emitiu diretrizes para o sistema bancário sobre como agir em relação às atividades dos clientes em moedas virtuais.
"Há uma dificuldade real na emissão de diretrizes abrangentes ao sistema em relação à maneira correta de estimar, gerenciar e monitorar os riscos inerentes a essa atividade", disse ela. "Além dos riscos para o cliente também há riscos de conformidade para o banco."
O valor de um bitcoin, a maior e mais conhecida criptomoeda, subiu em meados de dezembro para quase US$20 mil, então caiu para menos de US$ 12 mil no fim de dezembro.
Nesta segunda, o bitcoin caiu abaixo de US$ 15 mil depois que o regulador financeiro da Coreia do Sul disse que autoridades do país estão inspecionando seis bancos locais que oferecem contas de moedas digitais para instituições.
Às 17h15, a criptomoeda recuava 10,35%, para US$ 15.019.
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