Votar Previdência em fevereiro será difícil, diz presidente da Câmara em exercício

Crédito: Ananda Borges/Câmara dos deputado O deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), que foi alçado do baixo clero à vice-presidência da Câmara dos Deputados
O deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG)

DA REUTERS

Presidente da Câmara em exercício, o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) disse nesta quarta-feira (17) que o governo não tem os votos para aprovar a reforma da Previdência e que será muito difícil votar a proposta até fevereiro deste ano.

Em uma entrevista depois de cerimônia no Palácio do Planalto, Ramalho, que é emedebista mas tem um histórico de atritos com o Planalto, disse que o governo está fazendo suas avaliações, mas acredita que o Planalto chegará à mesma conclusão, de que não há votos suficientes.

"Fevereiro não é a última chance de votar (a Previdência), mas vejo muita dificuldade", disse. "Eu penso que o governo não vai conseguir os votos. O governo está fazendo suas avaliações, mas creio que deve chegar no que pensamos."

"Pelas conversas que estou tendo acho muito difícil. Avançou muito pouco até agora", disse Ramalho, que defende ainda uma discussão da Previdência durante todo este ano para ser votada em 2019. "A discussão não está madura. É uma discussão para todos os candidatos (a presidente)", afirmou.

Na terça-feira (16), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, em Nova York, também não ver com otimismo a possibilidade da Previdência ser votada em fevereiro.

Ele fez fortes críticas a membros do poder público, em especial do judiciário, por criticarem a reforma da Previdência a fim de "defenderem seus benefícios".

Segundo declarações do ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo), porém, não há "a mínima cogitação" de adiar a votação da reforma da Previdência para depois de fevereiro, disse ele na terça.

Sem querer especificar números, ele admite que o governo "não tem o suficiente" para passar a reforma na Câmara, "mas teremos em 19 de fevereiro", data prevista para o tema ir a plenário. Lá, será preciso garantir o apoio de 308 de 513 deputados.

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