Esperança com economia do Brasil ganha força nas matrizes de múltis

Crédito: Luiz Carlos Murauskas - 16.set.2011/Folhapress ORG XMIT: COCA-COLA E FEMSA LANCA NOVA LINHHA DE PET. SO PAULO, SP, BRASIL, 16/9/2011, 09:26:37: * Eduardo Lacerda Fernandes, Diretor Juridico e de assuntos Corporativos (de terno). A Coca-Cola/Femasa (Fomento Economico Mexicano S.A.), anuncia investimento de R$ 55,1 milhoes para a inauguracao de uma nova linha de pet, com capacidade para produzir 72 mil garrafas pet por hor, em sua planta fabril de Jundiai (Obs. a linha ainda nao esta operando) . (Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress, MERCADO)
Fábrica da Coca-Cola

ÁLVARO FAGUNDES
EDITOR-ADJUNTO DE "MERCADO"
JOANA CUNHA
DE SÃO PAULO

A retomada na confiança no Brasil pelas multinacionais não é notada só pelo aumento no envio do lucro às matrizes. Executivos das matrizes de dezenas de empresas mudaram o tom reticente e agora manifestam esperança com a situação no país.

Levantamento da Folha, feito a partir de teleconferências com analistas de 130 multinacionais no terceiro trimestre, identificou avaliações positivas por parte dos executivos em relação ao Brasil em quase 80% dos casos.

Outros 9% ainda fazem ressalvas e cerca de 13% continuam pessimistas com o país.

Há pouco mais de um ano, pesquisa semelhante identificou comentários otimistas por parte dos executivos em 52% dos casos. O país era uma preocupação demonstrada pelas chefias das multinacionais no início de 2015, quando apenas 22% das empresas viam boas oportunidades por aqui.

A constatação de que está em curso uma retomada é quase unânime, como nas palavras de Héctor Gutiérrez, diretor financeiro da Coca-Cola Femsa, que se diz "motivado" pelos sinais de recuperação do consumo no país.

Os sinais de melhora no cenário macroeconômico e no desempenho das operações brasileiras foram pontuados por diretores de gigantes como MasterCard, Dufry, Allergan, Sanofi e Western Union.

"Pela primeira vez em mais de um ano, vemos o crescimento da indústria em linha com as nossas expectativas", disse James Peters, diretor da Whirlpool, dona de marcas como Brastemp e Consul.

O otimismo, porém, tem tom moderado –como diz James Zallie, da americana Ingredion (de refino de alimentos), a melhora da economia "está só no começo"– e ainda está cercado de ressalvas.

"A economia dá sinais claros de que atingiu o fundo do poço. O desemprego está recuando. Mas a economia ainda está no modo frugal. Isso deve mudar no próximo ano", diz Soren Schroder, presidente-executivo da Bunge.
"O Brasil ainda está bem complicado. A indústria teve uma queda tremenda", diz Rob Charter, presidente da Caterpillar, de veículos pesados.

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