Marun diz que Previdência será votada em fevereiro 'de qualquer jeito'

Crédito: Mateus Bonomi/Folhapress BRASILIA, DF, BRASIL, 21-12-2017, 16h: Carlos Marun, Ministro da Secretária de Governo, promove entrevista especial para à Folha nesta quinta-feira, 21 de Dezembro, em seu gabinete no Palácio do Planalto.(Foto: Mateus Bonomi/Folhapress, PODER) ***ESPECIAL*** ***EXCLUSIVO***
Carlos Marun em entrevista à Folha em seu gabinete, no Palácio do Planalto

GUSTAVO URIBE
DE BRASÍLIA

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, contradisse nesta terça-feira (23) a equipe econômica e afirmou que a reforma previdenciária será votada em fevereiro "de qualquer jeito".

Com o risco de não haver apoio suficiente no mês que vem, assessores e auxiliares presidenciais começaram a cogitar a possibilidade da iniciativa ser retomada em novembro, hipótese revelada pela Folha na segunda-feira (22).

Segundo Marun, é "impossível" colocar em votação a proposta em novembro, após a disputa eleitoral, e a opinião do ministro Henrique Meirelles (Fazenda), que cogita a possibilidade, "não condiz com o pensamento" do Palácio do Planalto.

"O ministro Henrique Meirelles não participou das últimas conversas que tivemos aqui. Ele viajou a Davos e não participou das ultimas reuniões", disse.

Para o ministro, não existe Plano B sobre a proposta, apenas Plano A. De acordo com ele, o Palácio do Planalto conta com cera de 268 votos, número inferior aos 308 necessários para aprová-la.

"É mais fácil o Sargento García prender o Zorro do que a proposta ser votada em novembro", disse o ministro, em referência ao militar sem habilidade com a espada da famosa série televisiva dos anos 1950.

O discurso da equipe econômica é de que, na hipótese de o novo presidente não ser contra a reforma, haverá uma última janela para a votação, uma vez que parte da base aliada não conseguirá se reeleger.

A preocupação com os efeitos na disputa eleitoral de aprovar uma medida impopular, assim, não fariam mais sentido.

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