Descrição de chapéu Brasil que dá certo

Bancos digitais incrementam segurança em busca de cliente

DENILSON OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Bancos ou contas totalmente digitais têm ao menos 940 mil clientes, segundo os últimos dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), de 2016.

Para aumentar sua fatia de mercado e conquistar consumidores que ainda preferem o modelo tradicional, essas instituições apostam em sistemas antifraude cada vez mais modernos.

O Banco Original, atualmente com 600 mil clientes, foi o primeiro a lançar um aplicativo de abertura de conta pelo celular, em março de 2016. Para isso, se debruçou sobre uma resolução do Banco Central que impedia qualquer instituição de criar uma nova conta sem a presença do cliente na agência.

Crédito: Rafael Roncato/Folhapress Antonia Pellegrino ------------ A jornalista da Folha de S.Paulo Fernanda Mena. (Foto: Acervo Pessoal) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM*** ----------- SÃO PAULO, SP, 25-06-2015: FELIPE PONDÉ - O colunista da Folha Luiz Felipe Pondé lança o livro "Os Dez Mandamentos (+ Um)", publicado pelo selo editorial Três Estrelas, do Grupo Folha. (Foto: Fabio Braga/Folhapress)
Pedro Conrade, 25, diretor-executivo do Neon, na sede do banco

O resultado foi um sistema que verifica eletronicamente a autenticidade dos documentos enviados digitalmente, confere há quanto tempo o e-mail fornecido existe e, por meio de uma tecnologia de reconhecimento facial, compara a foto da identidade com uma selfie (autorretrato) enviada pelo cliente no momento da abertura da conta, entre outras checagens. E tudo ao mesmo tempo.

"Esses parâmetros são tão seguros quanto o método tradicional de abertura de conta, em que o cliente precisa ir ao banco e entregar toda a documentação nas mãos do gerente", diz Claudia Woods, diretora de varejo do banco.

A tecnologia garantiu à instituição, em setembro de 2017, o primeiro lugar no Prêmio de Inovação Financeira, concedido pela Felaban (Federação Latino Americana de Bancos) e pela Clab (Comissão Latino-Americana de Automação Bancária).

FACE A FACE

O Neon, parceria entre o banco Pottencial, de Belo Horizonte, e a empresa de cartões pré-pagos Controly, que começou a atuar no mercado em 2016, também adotou o reconhecimento facial em suas transações, por meio de seu aplicativo para celular.

"É uma certificação que autoriza pagamentos, transferências e até compras on-line por meio do cartão de crédito virtual. Se o correntista gastar em um site um valor além do usual, nosso sistema identifica a transação e envia uma mensagem pedindo para fazer a leitura de seu rosto", diz Pedro Conrade, 25, diretor-executivo do banco.

Em 18 meses de operação, o Neon conta com mais de 400 mil correntistas, com idade média entre 25 e 30 anos. No Original, a faixa etária varia entre 30 e 40 anos.

MOVIMENTAÇÃO

Os banco tradicionais também começaram a se movimentar. O Bradesco, por exemplo, lançou em junho de 2017 o Next, uma conta digital voltada para esse perfil.

"Essa geração quer que os serviços financeiros se adaptem à sua realidade, oferecendo fluidez, autonomia e tecnologia. E também busca nos bancos digitais a mesma experiência que tem plataformas digitais como Whatsapp e Spotify", afirma Jeferson Honorato, superintendente-executivo do Next.

"A digitalização bancária é um caminho sem volta e que atende, principalmente, ao anseio por serviços diferenciados", afirma João Menin, presidente do banco Inter, que oferece uma conta digital sem cobrança de pacotes mensais.


940 MIL
clientes, ao menos, já usam contas totalmente digitais no Brasil

Us$ 4,7 TRILHÕES
em receita podem sair das mãos dos bancos para as fintechs

33%
dos jovens da geração Y (nascidos entre os anos 1980 e 1990) dizem acreditar que não vão precisar de um banco até 2020

50%
deles dizem acreditar que as fintechs vão substituir os bancos tradicionais

Fonte: Estudo "O Futuro da Finança", divulgado pela Goldman Sachs em março de 2015, Febraban

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