Lucro do Santander Brasil cresce 25,4% no 1º trimestre com aumento da receita

Banco lucrou R$ 2,86 bilhões; carteira de crédito teve expansão de 9% em um ano

Agência do Santander Brasil no Rio de Janeiro
Agência do Santander Brasil no Rio de Janeiro - Sergio Moraes/REUTERS

O lucro líquido recorrente —que exclui efeitos de receitas e despesas extraordinárias— do Santander Brasil cresceu 25,4% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2017, para R$ 2,859 bilhões, informou o banco nesta terça-feira (24).

Em relação ao quarto trimestre, o avanço foi mais modesto: 3,9%. Com o avanço, a operação brasileira passou a representar 27% dos resultados do Grupo Santander no mundo, ante 26% no fim de 2017.

O lucro foi impulsionado pelo aumento da receita e pela retomada dos empréstimos. Em contrapartida, o banco aumentou a provisão para calote de clientes nos três primeiros meses do ano, apesar da queda da inadimplência.

As receitas do banco aumentaram 13,7% em um ano, para R$ 14,3 bilhões. O ganho foi impulsionado pela receita com prestação de serviços, que cresceu 11,5%, para R$ 4,13 bilhões. 

Em relação ao primeiro trimestre de 2017, as despesas gerais cresceram 3,8%, para R$ 4,8 bilhões. A alta foi maior nas despesas com pessoal, que cresceram 4,9% no período.

Segundo o banco, a margem financeira líquida, que mede o ganho do banco nas operações com empréstimos e desconta a provisão para devedores duvidosos, cresceu 13,7% em relação ao primeiro trimestre de 2017, para R$ 7,5 bilhões.

O Santander atribui a melhora a "maiores receitas de crédito e atividades com o mercado". "Esses crescimentos compensaram a redução das receitas de captações impactadas pela queda na taxa de juros", informou o banco no balanço.

O spread, diferença entre o custo de captação e o preço cobrado ao emprestar a clientes, subiu 1,1 ponto percentual em um ano, para 10 por cento.

Por outro lado, a despesa com provisão para créditos de liquidação duvidosa aumentou 5% no primeiro trimestre, para R$ 3,204 bilhões. Em relação ao quarto trimestre, houve queda de 3%.

A queda na comparação trimestral reflete uma melhora no índice de inadimplência do banco, que caiu de 3,2% no quarto trimestre para 2,9% nos três primeiros meses deste ano —mesmo patamar de um ano antes.

CRÉDITO

O banco registrou crescimento de 9% nos empréstimos no primeiro trimestre do ano, para R$ 280,4 bilhões. 

O crédito para pessoas físicas avançou 21% no período, para R$ 113,7 bilhões, impulsionado pelos empréstimos consignados (+39%), crédito pessoal (+19,7%) e pelo cartão de crédito (+20,2%).

Na comparação com o quarto trimestre, houve crescimento no consignado (+11,1%) e no crédito pessoal (+7,1%0.

Para empresas, houve queda de 3,4% nas concessões em um ano, para R$ 123,1 bilhões. Mas na comparação trimestral, houve leve alta de 0,4%.

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