Bolsonaro diz que afetados por apagão no Amapá serão compensados na conta de luz

Declaração foi feita pelo presidente durante visita ao estado, mais de duas semanas após apagão

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Bianca Guilherme
Macapá (AP)

Após mais de duas semanas de apagão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) visitou o Amapá e afirmou que os afetados pelo apagão no estado serão compensados na conta de luz.

Na quinta (19), o Senado aprovou projeto de lei que prevê um crédito na conta de energia elétrica dos consumidores afetados.

O projeto foi aprovado em votação simbólica e agora segue para a Câmara dos Deputados. Se aprovado na outra Casa, sem alterações, vai à sanção de Bolsonaro.

"Estamos na iminência de assinar uma medida provisória para dar uma medida compensatória a todos os que foram prejudicados com essa falta de energia", declarou. ​

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o governo irá arcar com o custo dos últimos 30 dias.

“O Ministério de Desenvolvimento Regional disponibilizou mais de R$ 21 milhões para atender os mais carentes, na primeira semana. Tomei conhecimento ontem que a Petrobrás vai doar R$ 500 mil em cestas básicas que serão doadas para famílias carentes”, afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, no Amapá neste sábado (21) - Marcos Brandão/Senado Federal

Bolsonaro foi ao estado para ligar os geradores termoelétricos contratados para restabelecer a energia, com a ativação de 45 megawatts. Os equipamentos foram montados na subestação Santa Rita, na capital Macapá e em Santana, município vizinho.

“Hoje em dia já podemos dizer que estamos nos aproximando de 100% [de cobertura]. Hoje viemos apertar o start de novos geradores, em pequeno potencial, mas com o somatório brevemente atingiremos a plena suficiência”, afirmou.

Questionado sobre o que tinha a dizer aos moradores que estão sem luz ou com restrições até hoje, ele respondeu que a população do Amapá "estava carente, mas não sem assistência" e que "desde o começo foi feito todo o possível" para que se restabelecesse a energia no estado.

"Algo que demoraria por volta de 90 dias para ser restabelecido, mesmo não sendo uma atribuição federal, nós mergulhamos em especial pelo pedido do nosso presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, e hoje podemos dizer que estamos nos aproximando do 100%."

Ele disse ainda que as medidas começaram a ser tomadas no dia seguinte ao apagão, com a criação de um gabinete de crise, e enalteceu a atuação das Forças Armadas, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do governo do Amapá.

Em sua passagem pelo estado, Bolsonaro foi visto pelas ruas da cidade andando de carro com a porta aberta. Enquanto a comitiva passava, o presidente ouviu xingamentos.

Além do ministro de Minas e Energia e do presidente do Senado, Bolsonaro estava acompanhado em sua visita do governador Waldez Góes (PDT) e do general da reserva Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), entre outras autoridades.

O blecaute começou no dia 3 de novembro, depois de um incêndio na subestação Macapá. A interrupção no sistema de fornecimento de energia elétrica atingiu 14 dos 16 municípios do estado, que concentram cerca de 90% da população. Parte do serviço foi restabelecida, mas um novo apagão atingiu o estado na noite de terça (17).

As causas estão sendo investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Na semana passada, o TCU (Tribunal de Contas da União) também instaurou um procedimento para apurar a origem do blecaute e se houve omissão do poder público.

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