Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/07/2010 - 10h05

Barganhas na Bolsa inspiram cuidados; preço baixo não garante alta

Publicidade

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

Está aberta a temporada de caça a barganhas na Bolsa. Após os prejuízos espalhados pela recente turbulência, alguns investidores estão agora empolgados com a possibilidade de comprar ações com preços baixos.

Analistas independentes, porém, lembram que não há razões consistentes para acreditar em recuperação definitiva nos mercados e que preço baixo não é garantia de alta futura na Bolsa.

Editoria de Arte/Folhapress
arte
arte

Segundo Paulo Portinho, gerente-geral do INI (Instituto Nacional de Investidores), é muito difícil o investidor pessoa física acertar o momento certo de entrar ou de sair da Bolsa. O melhor é comprar um pouco e sempre, de modo a diluir o impacto de momentos bons e ruins.

"Tentar adivinhar a hora certa é uma bobagem. Nem profissional consegue... O pequeno investidor tem de ser bom no emprego dele, ganhar dinheiro e comprar ações de boas companhias."

E quais são as boas companhias? Segundo especialistas, são empresas em franco crescimento e com boas perspectivas para as vendas.

O problema é que as ações dessas empresas são sempre caras e costumam refletir esse cenário promissor.

Um dos índices mais utilizados para identificar barganhas é a relação do preço (valor de mercado) com a capacidade de gerar lucro.

Formado pela divisão do preço pelo lucro, o chamado P/L sugere em quanto tempo o investidor recuperará o dinheiro aplicado -quanto maior o tempo mais certo é o ganho e mais cara a empresa.

O P/L do Ibovespa está hoje em 14,16, segundo a consultoria Economática. Em tese, empresas com P/L superior estão mais caras do que a média do mercado. Devem, portanto, justificar o preço com a certeza de ganhos maiores.

"Tem de tomar cuidado com preço baixo. Existem preços baixos por motivos ruins. Uma empresa pode ter lucro porque vendeu uma fábrica, mas o negócio é ruim. É importante evitar pagar muito acima da média do setor e da média da Bolsa."

Para Lucy Sousa, presidente da Apimec (associação dos analistas), o investidor deve desconfiar de promessas de ganho fácil. Ela recomenda que o novato se qualifique para entender a empresa ou procure ajuda de um analista certificado.

"Tem de tomar cuidado com análise feita por analistas que não são credenciados. Tem gente com dicas enviesadas e com segundas intenções", disse.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página