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14/10/2010 - 14h01

Indústria prevê desaceleração do emprego em 2011, mas ainda crescerá 3,9%

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GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO

A geração de vagas na indústria paulista deve desacelerar em 2011, mas ainda crescerá significativamente, de acordo com dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Segundo as previsões divulgadas nesta quinta-feira, o nível de emprego deve crescer 3,9% no próximo ano.

O número representaria a geração de 100 mil postos de trabalho, e seria o terceiro melhor desempenho da série, atrás apenas dos anos de 2010 (5%) e 2007 (4,6%).

Para diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp, Paulo Francini, a redução é natural, já que a base de comparação será mais forte que neste ano e, além disso, o PIB (Produto Interno Bruto) deve registrar expansão menor em 2011.

A Fiesp prevê expansão de cerca de 7% para a economia brasileira neste ano, contra uma variação entre 5% e 6% no próximo. "Ainda teremos uma taxa bastante apreciável de crescimento do emprego ano que vem", disse Francini.

No acumulado do ano até setembro, de acordo com dados divulgados hoje, a indústria gerou 193.500 postos de trabalho, o que representou crescimento de 8,04% em relação ao mesmo período de 2009. Esse resultado também é o maior da série histórica, iniciada em julho de 2005.

Para a Fiesp, esse número deve ser reduzido para 120 mil até dezembro, especialmente por conta das demissões nos setores de açúcar e álcool. Com o fim da colheita, as usinas fecham as vagas que foram criadas ao longo do ano e devem cortar, segundo Francini, cerca de 50 mil vagas de emprego até dezembro.

Assim, o emprego industrial em São Paulo deve fechar o ano com alta de 5%, o melhor desempenho da série histórica, iniciada em julho de 2005. Mesmo com esse crescimento, o nível de emprego na indústria paulista terminaria 2010 ainda abaixo do registrado em setembro de 2008, mês que marcou o agravamento da crise econômica internacional.

Atualmente, o estoque de emprego na indústria em setembro estava 16 mil vagas abaixo do registrado naquele mês, há exatos dois anos. O número, porém, deve aumentar com as demissões típicas de fim de ano e deve alcançar o nivel pré-crise apenas no primeiro trimestre de 2011, de acordo com a Fiesp.

O emprego industrial no Estado subiu pelo quinto mês consecutivo em setembro, com geração de 13.500 vagas. O número representa alta de 0,10% em relação a agosto, nos dados com ajuste sazonal.

Os setores de fabricação de coque e produtos derivados de petróleo e de biocombustível e produtos alimentícios, em que estão incluídas as produções de açúcar e álcool, foram os destaques negativos do mês, com variações de -1,2% e -0,2%, respectivamente.

O diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp, Paulo Francini, afirmou, porém, que a variação negativa registrada por esses setores em setembro ainda é pequena. "Nós devemos ter uma redução forte a partir de outubro, que deve seguir até dezembro", disse.

 

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