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14/11/2010 - 09h24

Carros feios mostram que beleza não é tudo

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As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental", dizia o poeta Vinícius de Morais. A frase serviria para os automóveis, mas alguns, com design polêmico, podem ter mais pontos positivos do que se imagina.

A Folha convidou três designer de automóveis para analisar o Nissan Tiida Sedan, o SsangYong Actyon, o Peugeot 207 Passion e o Chevrolet Agile.

Em comum, os quatro têm desenhos "inusitados", como definem os designers, e derivam de outros carros da mesma família. Além disso, apresentam vendas crescentes nos seus segmentos.
Com 6.405 emplacamentos em novembro, o Agile, por exemplo, consolidou-se como o hatch não popular mais comercializado do país.

Para Mario Furtado, gerente de marketing da Nissan, quando o desenho não favorece é preciso compensar com uma relação custo-benefício mais atrativa.

Esse, aliás, é o trunfo do Tiida Sedan, que teve a importação subdimensionada em 270 carros por mês e já tem fila. O mexicano de traseira insossa é o único, por R$ 44,5 mil, a oferecer motor 1.8 e espaço para pernas e bagagem de cinco ocupantes.
Para Fabio Ferrero, coordenador do curso de design da mobilidade da Faap, deslizes estéticos nem sempre são culpa dos projetistas.

DESENGONÇADO

"Montadoras permitem que até o departamento de finanças influencie no visual do veículo para reduzir custos e adaptar mecanismos."

Uma incoerência porque essa economia, depois, não compensa. Os carros sem apelo visual têm mais desconto, caso do 207 Passion.

O compacto nasceu como um belo hatch, porém virou um sedã desengonçado após enxertarem um porta-malas de 420 litros --70% maior do que o original para atrair consumidores emergentes.

Já o Agile é um projeto nacional que, inicialmente, seria um "crossover" acessível.

Foi até mostrado no salão de 2008 como GPix. O conceito fez sucesso, mas a crise e a falência da GM alteraram as formas: o Agile perdeu volume -e as proporções.

"Parece que o carro pede uma versão aventureira", analisa o professor de design Sandro Ferraz, do Centro Universitário Belas Artes.
Apesar de bem equipado, o GM só melhora a aparência com kit aerodinâmico, rodas de aro 16 e faróis escuros. Aí o preço sobe quase R$ 5.000.

Nissan, Peugeot e GM cederam seus respectivos carros para teste

Editoria de Arte/Folhapress
Editoria de Arte/Folhapress
 

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