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25/11/2010 - 19h05

PF prende 7 por crime contra o sistema financeiro em três Estados

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LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO

Sete pessoas foram presas hoje no Ceará, no Rio e em São Paulo em operação da Polícia Federal e da Receita para desarticular suposto esquema de sonegação fiscal, crimes contra o sistema financeiro e corrupção de agente público. Ainda havia mais dois mandados de prisão a serem cumpridos.

Segundo os órgãos, dirigentes da Federação Cearense de Automobilismo e sete grupos empresariais participavam do esquema de formação de caixa dois.

A PF não divulgou o nome dos presos e das empresas suspeitas de participação no esquema porque, de acordo com a assessoria, o processo corre em segredo de Justiça.

O superintendente da Receita Federal no Ceará, Moacyr Mondardo, afirmou que empresas que atuam nas áreas de construção, engenharia e revendedoras de veículos estão entre as supostas envolvidas.As prisões valem por cinco dias e podem ser prorrogadas.

Também foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos malotes com documentos das empresas e computadores em residências de investigados, sedes de empresas e da entidade recreativa.
Participaram da ação 160 policiais federais e 65 auditores da Receita nos três Estados e também no Paraná.

INVESTIGAÇÃO

A Operação Podium é resultado, segundo a PF, de dois anos de investigações.

Foi descoberto que a federação foi utilizada como depositária de recursos da ordem de R$ 35 milhões, provenientes do caixa de empresas, entre 2005 e 2008.

"Identificamos que empresas, a título de patrocínio, repassavam recursos para a entidade, que sacava [o dinheiro] e ficava com entre 1% e 5% do montante. Os outros 95% a 99% eram repassados em dinheiro a empresa que tinha feito o patrocínio", disse Mondardo.

Segundo ele, está sendo investigado o destino desse dinheiro, que pode ter sido usado em pagamento de propina ou evasão de divisas.

Segundo a PF, os investigados poderão responder por crimes de quadrilha ou bando, contra a ordem tributária, contra o sistema financeiro, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

A Folha tentou entrar em contato com a Federação Cearense de Automobilismo, mas a funcionária que atendeu o telefone disse que não havia ninguém no local que pudesse falar sobre o caso.

Colaborou PAOLA VASCONCELOS, de Fortaleza

 

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