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11/12/2010 - 10h49

Obama pede ao Congresso que aprove extensão de cortes de impostos

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DA EFE, EM WASHINGTON

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu neste sábado ao Congresso americano que aprove o acordo obtido nesta semana com os republicanos, que prorrogará por dois anos a redução de impostos aprovada no mandato do antecessor, George W. Bush, para todos os cidadãos --em troca de prorrogar os seguros-desempregos por 13 meses.

"Se não se consegue, o resultado seria não só um aumento de impostos para as famílias de classe média e a perda do seguro-desemprego para os mais afetados por esta recessão, mas também poria em perigo nossa recuperação econômica", disse Obama, em seu programa de rádio semanal.

Larry Downing - 10.set.10/Reuters
O presidente Barack Obama durante entrevista na Casa Branca; ele pediu apoio à continuidade no corte dos impostos
O presidente Barack Obama durante entrevista na Casa Branca; ele pediu apoio ao corte dos impostos

Obama assinalou que aumentar os impostos em plena recessão "é justamente o pior que podemos fazer se queremos que nossa economia cresça mais rapidamente" e poderia custar mais de 1 milhão de empregos.

Os cortes de impostos, que foram aprovados durante a Presidência de Bush, expiram em 31 de dezembro. Sua extensão provocou fortes atritos entre democratas e republicanos, que na terça-feira passada alcançaram um acordo que agora terá de ser ratificado pelas duas casas parlamentares.

"Se o Congresso não agir, a taxa de impostos aumentará automaticamente para quase todos em nosso país", advertiu Obama, que assinalou que uma família de classe média se veria obrigada a pagar US$ 3.000 adicionais, algo que considerou "inaceitável".

O presidente justificou que, para poder avançar no acordo, teve de ceder às pressões republicanas para que a extensão de cortes tributários fosse também ampliada para os que ganham mais de US$ 250 mil anuais.

"Eu não achava que esses cortes tributários valessem a pena. Aumentam nosso deficit sem impulsionar realmente a economia", mas "como acontece com toda negociação, todos tivemos de fazer concessões sobre aspectos que não nos agradavam", declarou.

A Casa Branca e os democratas queriam que o Congresso estendesse os cortes de impostos somente para a classe média --às famílias com renda menor que US$ 250 mil anuais--, mas os republicanos no Senado ameaçaram bloquear qualquer lei até conseguir um acordo sobre o polêmico assunto.

Esta concessão custou a Obama as críticas de alguns membros de seu próprio partido. "Reconheço que muitos dos meus amigos em meu próprio partido estão insatisfeitos com algumas partes deste acordo, em particular, com os cortes tributários temporários para os ricos. E compartilho sua preocupação", ressaltou o presidente americano.

"Está claro que a longo prazo, não nos podemos permitir o luxo de continuar concedendo esses cortes tributários aos mais ricos", mas "não podemos permitir que a classe média fique em meio ao fogo cruzado" de democratas e republicanos, acrescentou.

 

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