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27/12/2010 - 13h46

Estônia adota euro nesta semana e será 17º país a integrar o bloco

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DA FRANCE PRESSE, EM TALLINN

A Estônia será o 17º país a adotar o euro como moeda nacional a partir de 1º de janeiro. Também será o terceiro antigo Estado comunista a adotar a moeda, depois de Eslovênia em 2007 e da Eslováquia em 2009. O país tem 1,3 milhão de habitantes e é membro União Europeia (UE, de 27 membros) desde 2004.

Segundo as pesquisas, quase metade dos estonianos aprovam a adoção do euro em substituição à coroa, moeda nacional criada en 1992 para suceder o rublo soviético, depois de cinco décadas de dominação de Moscou.

O governo de centro-direita da Estônia, que aplicava uma política econômica rigorosa desde antes da crise mundial, considera que a mudança para o euro é vantajosa e constitui uma fase lógica para uma pequena economia aberta ao mundo.

"O FMI [Fundo Monetário Internacional] indica que a troca para o euro deverá acelerar o crescimento entre 0,15% e 1% ao ano, ao longo das próximas duas décadas", declarou o ministro da Economia do país, Juhan Parts.

"Nosso comércio exterior acontece 80% dentro da UE. O mercado comum é vantajoso para todos nós, pois os empresários estonianos poderão vender seus produtos mais facilmente, criando empregos", completou.

A Estônia, chamada de "tigre do Báltico" pela rápida passagem de uma economia centralizada a uma de mercado e por seu impressionante crescimento, já havia tentado integrar a zona euro em 2007, mas foi impedida pela inflação elevada.

A economia do país registrou em 2009 uma recessão de 14,1% -- uma das maiores do mundo -- em consequência da crise global, mas a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) é de 2,5% para 2010 e de 3,9% para 2011.

Com a integração da Estônia, a zona do euro passará a ter 330 milhões de habitantes. Segundo a agência europeia de estatísticas Eurostat, no ano passado a zona do euro tinha PIB de nove trilhões de euros (US$ 11,8 trilhões de dólares), inferior ao dos Estados Unidos, mas acima do resultado de China e Japão.

Mas algumas pessoas questionam a adesão ao euro, como Anti Poolamets, líder de um pequeno partido político.

"Durante os 48 anos que a Estônia passou na zona rublo, nosso poder de decisão era praticamente nulo e na zona euro será igual", disse Poolamets.

Os países da UE se comprometeram com o Pacto de Estabilidade e de Crescimento de Maastricht a limitar o nível de inflação, os deficits públicos e as dívidas.

Mas as finanças de muitos países derrapou com a crise financeira, o que criou desconfiança nos mercados financeiros em relação aos países mais frágeis. UE e FMI se viram obrigados a ajudar Grécia e Irlanda, enquanto Portugal e Espanha tentam evitar este recurso com planos de ajuste.

O primeiro-ministro estoniano, Andrus Ansip, insiste no entanto que a adesão à zona euro trará estabilidade e acabará com as especulações sobre a desvalorização da coroa.

"A Estônia terá uma moeda reconhecida internacionalmente. Não teremos mais que justificar seu valor", afirmou Andrews Soosaar, empresário de 54 anos.

 

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