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Rio tem maior investimento em hotéis em 40 anos, diz associação
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JANAINA LAGE
DO RIO
Atualizado às 13h03.
O Rio de Janeiro recebeu em 2010 o maior número de novos investimentos na rede hoteleira desde a década de 1970. Esta é a avaliação do presidente da ABIH-RJ (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro), Alfredo Lopes.
Um dos exemplos da renovação da rede hoteleira é a pré-inauguração marcada para hoje do Windsor Atlântica, hotel de frente para a praia do Leme, onde funcionou o Le Méridien. O hotel será parcialmente aberto para 120 hóspedes. A partir do Carnaval, vai operar com a capacidade integral, de 540 quartos.
Este será o décimo hotel do grupo Windsor no Rio. Para 2011 já estão previstos investimentos em dois hotéis na zona sul e um na Barra da Tijuca, na zona oeste.
A Riotur estima que 645 mil turistas vão passar o ano novo no Rio, 30% deles, estrangeiros. Segundo a ABIH-RJ, a taxa de ocupação dos hotéis ultrapassa os 95%.
A maior exposição da cidade por conta da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 ajuda a explicar o interesse dos investidores. O crescimento da economia do Estado, impulsionada pela exploração de petróleo, também contribui para aumentar o volume de eventos de negócios e a necessidade de hospedagem para executivos.
O presidente da BHG (Brazil Hospitality Group), Pieter van Voorst Vader, afirma que a necessidade de renovação da rede hoteleira no Rio é um dos fatores que atraem investimentos. O grupo fechou a compra do Intercontinental e gastará R$ 25 milhões em reformas no hotel localizado em São Conrado.
Editoria de Arte / Folhapress | ||
Hotéis no Rio |
A rede já havia anunciado em setembro a aquisição do prédio do Sofitel, em Copacabana, e a compra de participação no Hotel Everest, em Ipanema.
Para o próximo ano, a rede pretende acrescentar 1.500 quartos à carteira hoteleira e o Rio faz parte dos planos de expansão.
"Ficamos parados durante décadas. O que vimos nesse ano é algo inédito no Rio desde os anos 1970. Começamos a ter uma procura enorme de redes nacionais e internacionais", afirma Lopes.
O presidente da ABIH-RJ afirma que há interesse tanto na aquisição de terrenos como na gestão de redes. É o caso do Hotel Nacional, que avalia propostas de diversas bandeiras interessadas em sua administração.
Entre os interessados em explorar o mercado carioca, Lopes cita o Emiliano, de São Paulo, o Four Seasons e a rede Iberostar.
No segmento de luxo, o Hyatt anunciou a aquisição de um terreno na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, para a construção de um hotel cinco estrelas.
Um exemplo recente de novo uso para um espaço da cidade foi a aquisição do Hotel Paris, na Praça Tiradentes, centro da cidade, pelo grupo francês La Suite, que pretende torná-lo um hotel boutique. Antes, era usado por prostitutas da região.
A Folha apurou que há uma rede estrangeira negociando a construção de um hotel de cerca de 500 quartos na região portuária.
Segundo Lopes, além da expansão dos segmentos de hotéis boutiques e de luxo, a cidade passa também por uma renovação nos de categoria econômica. Cresce a presença de redes estrangeiras no segmento de hospedagem a trabalho.
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