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Euro tem uma chance em cinco de sobreviver, diz centro de estudos
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DA REUTERS, EM LONDRES
A zona do euro tem apenas uma chance em cinco de sobreviver em sua forma atual pelos próximos dez anos devido aos desequilíbrios entre seus membros, disse na sexta-feira um dos principais centros de estudos britânicos.
O CEBR (Centro de Investigação Econômica e Empresarial) disse que a Espanha e a Itália terão que refinanciar cerca de 400 bilhões de euros (US$ 530 bilhões) em bônus soberanos durante a primavera no hemisfério Norte, o que poderia gerar novas crises dentro da zona do monetária, que a partir de 1º de janeiro contará com 17 membros.
"O euro poderia desmoronar nessa altura, ainda que os políticos europeus geralmente sejam capazes de responder a uma crise", disse o chefe executivo da entidade, Douglas McWilliams.
A crise de dívida soberana na Grécia e na Irlanda sacudiu os países da zona do euro este ano, gerando certa especulação de que a Alemanha eventualmente poderia perder a paciência em resgatar a seus vizinhos menos austeros, o que poderia gerar a quebra do bloco monetário.
A chanceler alemã Angela Merkel reafirmou em diversas ocasiões o compromisso de Berlim com o euro, algo que voltou a mencionar em sua mensagem de final de ano ao país na sexta-feira.
"O euro é a base de nossa prosperidade", afirmou. "A Alemanha precisa da Europa e de nossa moeda comum. Para nosso bem estar e para superar todos os grandes desafios mundiais. Nós os alemães assumimos nossa responsabilidade, mesmo quando ela é muito dura".
McWillliams, no entanto, indicou que os profundos desequilíbrios entre as economias frágeis e as mais fortes do grupo, algo que se tornou mais evidente desde a crise de 2008, implicaria em um grande obstáculo para o projeto no longo prazo do bloco europeu.
"Suspeito que o que separará a zona do euro será a impossibilidade da maioria dos países de adotar as medidas austeras necessárias para alcançar maior competitividade em suas economias no longo prazo", disse McWilliams.
"Só damos uma em cinco possibilidades de que [o euro] sobreviva em seu estado atual nos próximos dez anos. Se o euro não acabar, este poderia ser o ano em que ele se debilite substancialmente até a paridade com o dólar", afirmou.
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