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Veículo importado novo alavanca venda de usado
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RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com o mercado brasileiro aquecido, as marcas de importados ampliaram o catálogo de produtos. A concorrência e o dólar baixo também contribuíram para a redução do preço e o emplacamento foi recorde. A alta nas vendas ampliou a oferta e reduziu o preço dos usados.
Veja a página de classificados de veículos
A Abeiva (associação das importadoras) fechou o ano de 2010 com a venda de 105,8 mil unidades -um aumento de 144% ante os 43,3 mil emplacamentos obtidos em 2009 por marcas como Audi, BMW, Chrysler, Kia, Porsche, Volvo, entre outras.
"O crescimento está ligado ao aumento da rede de concessionárias e dos modelos disponíveis, associado à maior acessibilidade ao crédito e a taxas plausíveis de juros. O dólar baixo também ajuda", afirma o presidente da Abeiva, José Luiz Gandini.
Outros 524,2 mil carros foram importados pelas montadoras com planta no Brasil associadas à Anfavea (associação dos fabricantes de veículos). Cerca de 60% deles são feitos no México ou na Argentina e trazidos sem Imposto de Importação.
O consumidor que não estava no segmento de importados se sentiu à vontade para entrar. E a porta são os usados, cada vez mais frequentes nas revendas.
"O mercado de usados importados cresceu 70%", calcula Ruy Cardoso, gerente de operações da unidade especializada em venda de usados do grupo Eurobike (Audi, BMW, Land Rover, Mini, Porsche e Volvo).
Segundo Cardoso, são pessoas em ascensão profissional, e a maioria dá em troca um carro nacional.
"Ter um carro importado não é mais privilégio de milionários. O valor do seminovo importado é próximo ao de um veículo zero nacional mais completo", compara.
SONHOS
Quem sempre desejou um Mercedes já consegue comprar um C200 Kompressor 2007 por R$ 87 mil, preço do Toyota Corolla Altis novo.
Isso porque o preço do importado novo também caiu, reduzindo ainda mais o valor do usado. Hoje o Mercedes C180 custa R$ 114 mil -há três anos, custava R$ 147 mil. O BMW 320i agora sai por R$ 112,5 mil, R$ 48 mil a menos que em 2007 -mas sem alguns acessórios também.
Para Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da Audi no Brasil, as marcas importadas passaram a investir mais no país, deixando o cliente mais seguro para adquirir um produto importado.
"A rede de atendimento aumentou e, com o maior volume de vendas, houve ganho de escala de produção. O preço das peças e da manutenção caiu", avalia.
"As peças demoram mais a chegar, mas a manutenção sempre depende do histórico do carro", explica César Samos, da Mecânica do Gato.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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