Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/02/2011 - 08h36

Reservas de petróleo saudita seriam exageradas, diz WikiLeaks

Publicidade

DA EFE, EM LONDRES

A Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo, pode ter exagerado e não possuir reservas suficientes para impedir um aumento dos preços do produto, segundo documentos da embaixada dos Estados Unidos em Riad.

Os documentos, obtidos pelo WikiLeaks e publicados pelo jornal "The Guardian", incentivavam Washington a levar a sério uma advertência de um executivo saudita do setor petroleiro de que as reservas do país podem ter sido aumentadas em 300 bilhões de barris, quase 40%.

Essa revelação ocorre no momento em que o preço do petróleo superou os US$ 100 por barril devido ao efeito combinado do aumento da demanda global e as tensões no Oriente Médio.

Sadaal-Husseini, geólogo e ex-chefe de explorações do monopólio saudita Aramco, disse em novembro de 2007 a um diplomata americano que a empresa não alcançaria a capacidade de 12,5 milhões de barris diários necessária para evitar a disparada dos preços.

Segundo esses documentos, escritos de 2007 a 2009, Husseini explicou que a Arábia Saudita poderia chegar aos 12 milhões de barris diários depois de dez anos, mas antes, talvez em 2012, a produção mundial de petróleo teria alcançado seu ponto mais alto.

Segundo o geólogo saudita, a Aramco não estaria em condições de frear o aumento dos preços mundiais do petróleo porque o setor energético saudita havia exagerado a magnitude de suas reservas para atrair investimentos estrangeiros.

Um dos documentos citava uma apresentação de Abdallah al-Saif, vice-presidente de prospecção da Aramco, segundo o qual a companhia tinha reservas de 716 bilhões de barris, recuperáveis em 51%, e em 20 anos, teria 900 bilhões de barris.

Um documento posterior, de outubro de 2009, advertiu que a escalada do consumo elétrico da própria Arábia Saudita faria com que suas exportações de petróleo fossem limitadas.

"A demanda [elétrica] pode aumentar 10% ao ano durante a próxima década devido ao crescimento demográfico e econômico, o que fará com que o país tenha que dobrar sua capacidade de geração elétrica até 68 mil megawatts em 2018", acrescentou.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página