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12/03/2011 - 10h03

BP compra três usinas de álcool no país

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AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

A BP Biofuels, subsidiária de biocombustíveis da divisão de energias alternativas da British Petroleum, anunciou ontem um acordo para aquisição de 83% da CNAA (Companhia Nacional de Açúcar e Álcool).

É a segunda aquisição feita pela BP no Brasil. A primeira foi a compra de 50% da Tropical BioEnergia S.A., em 2008, uma usina de açúcar e álcool construída em Goiás que tem como sócios ainda a francesa Louis Dreyfus Commodities e a Brasil Ecodiesel.

A ofensiva da companhia reafirma o interesse de grandes petroleiras (a exemplo de Shell e de Petrobras) com o mercado de energias alternativas, sobretudo na produção de combustíveis líquidos para transporte.

"Esse mercado de combustíveis renováveis representará 40% do crescimento da demanda para o setor de transportes nos próximos anos", justifica Mario Lindenhayn, presidente da BP Biofuels Brasil.

A produção de biocombustíveis no mundo mais do que triplicará nos próximos 20 anos, segundo estudos da British Petroleum. Os volumes de biocombustíveis produzidos passarão de 1,8 milhão de barris de petróleo equivalentes por dia para 6,5 milhões bpe/dia.

O NEGÓCIO

O valor da transação, negociada ao longo de quase um ano e assinada na noite de quinta-feira, foi de R$ 1,1 bilhão (US$ 680 milhões). A cifra engloba a compra do bloco de ações de dois fundos de investimento e a assunção de dívidas da CNAA.

O valor e o prazo de amortização dessas dívidas não foram revelados.

Agora, além da usina Tropical em Goiás, onde há capacidade para moagem de 2,5 milhões de toneladas de cana, a BP Biofuels assume também o controle de duas usinas já em produção (Itumbiara-GO e Ituiutaba-MG) e uma em construção (Campina Verde-MG).

Segundo o executivo da BP, o objetivo no longo prazo é elevar a capacidade de processamento de cana-de-açúcar para mais de 15 milhões de toneladas por safra, o que a tornaria uma grande companhia do setor.

Hoje, a capacidade das duas usinas é de 5 milhões de toneladas, embora as plantas estejam moendo volumes de 3 milhões de toneladas por safra. Só para ter uma ideia, a Cosan, a líder desse setor no Brasil, processa mais de 60 milhões de toneladas de cana por safra.

BASE DE PRODUÇÃO

Segundo relato do executivo da BP, o Brasil será base de produção de biocombustíveis, mas não de desenvolvimento tecnologias.

Ele citou três acordos para desenvolvimento de biotecnologia na área de combustíveis líquidos fora do Brasil.

Segundo ele, em breve as tecnologias estarão disponíveis para produção no Brasil. Entre elas, álcool celulósico (combustível feito de celulose), transformação de açúcar em biodiesel e a criação do biobutanol, combustível de cana similar à gasolina.

 

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