G7 decide "ação coordenada" para conter alta do iene

Os bancos centrais dos países do G7 (países mais ricos do mundo) realizarão a partir desta sexta-feira "uma intervenção coordenada sobre os mercados de câmbio", para responder à alta do iene causada pela crise nuclear e o terremoto e o tsunami que atingiram o Japão há uma semana.

"Em resposta aos recentes movimentos das taxas de câmbio do iene, associados aos trágicos acontecimentos ocorridos no Japão e ao pedido das autoridades japonesas, as autoridades de Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e do Banco Central Europeu se unem ao Japão, em 18 de março de 2011, para uma intervenção coordenada sobre os mercados de câmbio", destaca o G7.

"Como destacamos há tempos, a volatilidade excessiva e os movimentos desordenados das taxas de câmbio têm consequências negativas para a estabilidade econômica e financeira".

"Continuaremos seguindo com atenção a evolução dos mercados de câmbio e colaborando com o que for necessário", decidiram os ministros das Finanças e os governadores dos bancos centrais dos sete países mais industrializados do planeta (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido).

Após o anúncio do G7, o dólar ultrapassou a barreira dos 80 ienes em Tóquio, sendo cotado a 81,22, contra 78,95 ienes no fechamento de quinta-feira.

A moeda japonesa havia atingido um valor recorde na quinta-feira, a 76,52 ienes o dólar.