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70% dos brasileiros querem investir no exterior, diz pesquisa
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DE SÃO PAULO
Os investidores em todo o mundo estão de olho nos mercados externos para direcionar parte dos seus investimentos. De acordo com a Pesquisa de Sentimento dos Investidores Globais, realizada pela Franklin Templeton, metade dos 13.076 entrevistados em 12 países afirmaram que têm planos de investir fora de seu país de origem neste ano.
No horizonte de longo prazo, o número sobe: 62% das pessoas ouvidas pretendem aplicar no exterior nos próximos dez anos. Os brasileiros apresentaram percentual acima da média global, de 70%.
"Diante da previsão de uma melhor economia mundial, cada vez mais os investidores buscam oportunidades de investimento no mercado globalizado", diz Greg Johnson, presidente da Franklin Templeton Investments. "Hoje, uma carteira diversificada não é mais somente um mix de classes de ativos, mas é também um mix de regiões geográficas."
De acordo com Heitor Lima, que dirige a Franklin Templeton no Brasil, existem diversas opções para o brasileiro que quer investir em outros mercados. Entre elas, ele cita, além da remessa direta de recursos para fora do país, fundos multimercados que possuem composição de 80% de ativos nacionais e 20% de investimentos internacionais.
"É possível também investir em Bolsa, em setores que não têm representatividade na Bovespa [Bolsa de Valores de São Paulo], mas que tem bastante importância no atual cenário brasileiro, como empresas farmacêuticas ou de tecnologia", afirma. Lima cita ainda fundos de moedas como uma outra opção aos investidores.
PERCEPÇÃO
A pesquisa mostra ainda que, no Brasil, 41% dos ouvidos têm uma percepção equivocada de que o mercado de ações do país teve um desempenho melhor do que o do resto do mundo, em 2010.
No ano passado, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa, subiu 5,6%, mercados como México e Chile --também pesquisados-- tiveram aumento de 28,4% e 49,9%, respectivamente. Na comparação com outras partes do mundo, destacam-se a Bolsa de Toronto, com ganho de de 22,6% no último ano, e a de Mumbai, na Índia, em alta de 22,2%.
"A pesquisa mostra que muitos têm uma impressão errônea sobre o real desempenho do mercado brasileiro de ações, em 2010, em comparação com o resto do mundo. Isto mostra como é importante que os brasileiros considerem efetuar investimentos fora do País", diz Lima.
No que diz respeito à taxa de rentabilidade esperada para os investimentos neste ano, os brasileiros estimam uma taxa média anual de 16,7% para seus investimentos nos próximos 10 anos, em relação à média anual de 11,5% no mundo.
Entre os investidores de 12 países ouvidos, apenas os indianos estão mais otimistas que os brasileiros, com retorno esperado de 17%.
Para Lima, a expectativa de rentabilidade dos brasileiros não condiz com o nível de exposição a risco a que eles se mostram dispostos. Isso porque, das pessoas entrevistadas no país, 53% afirmaram que pretendem investir em renda fixa neste ano, seguidos por 39% cujos recursos serão direcionados para imóveis. Apenas 30% devem investir em ações.
"No longo prazo, qualquer diversificação é positiva, e esta é a única maneira de conseguir essa taxa de retorno. Existem oportunidades em todos os países, em diversas classes de ativos", afirma.
A pesquisa de sentimento global em relação a investimentos, inclui respostas de 13.076 pessoas em: Brasil, Chile, México, Hong Kong, Índia, Coreia do Sul, Cingapura, Alemanha, Itália, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá. As entrevistas foram realizadas no período de 6 a 17 de janeiro. No Brasil, a pesquisa incluiu 1.004 adultos.
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