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16/05/2011 - 15h19

TAM expandirá malha para o México após lucro no 1º tri

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DA REUTERS

A companhia aérea TAM vai começar a voar para o México este ano, expandindo seu alcance na América Latina em um momento em que se concentra na fusão com a chilena LAN e enfrenta aumento da concorrência no Brasil.

A empresa, que divulgou nesta segunda-feira lucro de R$ 128,8 milhões para o primeiro trimestre após prejuízo de R$ 70,9 milhões um ano antes, ainda vai adicionar um segundo destino diário para Orlando, nos Estados Unidos.

A adição da Cidade do México marca o primeiro destino na América Latina atendido pela maior companhia aérea do país e acontece enquanto a rival Gol dedica seus esforços para atender o mercado doméstico, região do Caribe e América do Sul.

Segundo Líbano Barroso, presidente da TAM Linhas Aéreas, a companhia vai começar a voar para o México --e operar a segunda frequência diária para Orlando-- no segundo semestre.

"Nossas operações internacionais vêm apresentando forte aumento há alguns anos [...] Nossa estratégia é sempre buscar rotas com alta demanda de passageiros e carga e é por isso que estamos anunciando o voo direto para a cidade do México", disse Barroso em teleconferência com analistas.

No primeiro trimestre, a taxa de ocupação da TAM em voos internacionais subiu 3 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2010, para 79,6%. Enquanto isso, o yield internacional, que mede preços de passagens, caiu 9,2% em reais, para 14,8 centavos de real.

Enquanto arma sua estratégia internacional, a TAM se dedica a criar a maior companhia aérea da América Latina por meio da fusão com a chilena LAN, um projeto que deve voltar a andar não antes do final do ano.

A fusão, anunciada em agosto do ano passado, enfrentou questionamentos de consumidores do Chile e atualmente aguarda o crivo de um tribunal de defesa da competição chileno. Uma audiência pública está marcada para 26 de maio e a TAM vê com otimismo a aprovação do negócio.

"Após a audiência, os juízes tomarão uma decisão, mas sem um cronograma definido. Mas estamos no 'fast track' (caminho rápido) em virtude de manifestações do próprio tribunal. Acreditamos que teremos aprovação [da fusão] sim", disse o presidente do grupo TAM, Marco Antonio Bologna, durante teleconferência com analistas.

Segundo ele, o foco principal da TAM é concluir a fusão, algo que depende da empresa obter uma série de licenças em vários países, incluindo Europa, e que deve ocorrer "não antes do final do quarto trimestre".

Bologna evitou comentar com precisão se a TAM tem interesse na aérea estatal portuguesa TAP, que pode ser privatizada este ano, como parte do plano de recuperação financeira de Portugal. Uma fonte do governo brasileiro afirmou à Reuters no início do mês que o Brasil poderia financiar a aquisição pela TAM de uma parcela da TAP. A fonte comentou que a TAM havia procurado o governo para saber se poderia obter financiamento para participar da privatização da TAP.

RESULTADO

A TAM manteve suas estimativas para o ano, de crescimento da demanda doméstica de 15% a 18% e de sua oferta entre 10% e 13%. A companhia também manteve expectativa sobre o preço médio do barril do petróleo WTI em 2011, de US$ 93, e de um custo excluindo despesas com combustíveis recuando 5%.

Na semana passada, a Gol elevou sua previsão para o barril do petróleo de US$ 82 a US$ 93 para US$ 100 a US$ 115, em meio à alta dos preços da commodity nos últimos meses, e manteve projeção de expansão da demanda doméstica entre 10% e 15%.

O yield doméstico da TAM, medidor do preço das passagens, caiu 5,7% na comparação anual, para 18,2 centavos de real, mas o presidente da companhia aérea estima recuperação no segundo trimestre, apesar do período ser marcado como o mais fraco do ano para o setor.

"Estamos vendo no segundo trimestre uma recuperação nos preços, nos yields médios, de forma que, sequencialmente, esses yields estão crescendo em 'low single digits' [até 5%]", disse o Barroso.

Às 14h50, as ações da TAM recuavam 0,92%, enquanto o índice Ibovespa mostrava ligeira valorização de 0,09%.

 

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