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16/05/2011 - 15h53

Produção em refinarias da Petrobras cresce apesar de prejuízo

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PEDRO SOARES
DO RIO

O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse que os indicadores operacionais da área de refino da estatal foram "muito bons" no primeiro trimestre, com crescimento do volume de óleo processado nas refinarias e maior produção de diesel e gasolina, embora a companhia tenha registrado um prejuízo de R$ 95 milhões nessa área de negócio.

A perda no refino decorre da manutenção dos preços da estatal em seus dois principais produtos --a gasolina e o diesel. Isso porque o custo do óleo importado e mesmo do produzido pela Petrobras é transferido às refinarias com cotações internacionais, mais elevadas.

Nos três primeiros meses de 2010, a área de abastecimento da estatal havia lucrado R$ 1,1 bilhão --na ocasião, os preços dos derivados praticados pela Petrobras no país superavam as cotações internacionais; hoje ocorre o inverso.

De acordo com Costa, o volume de óleo processado nas unidades de refino subiu de 1,738 milhão de barris/dia para 1,852 milhão. Já a produção de diesel passou de 682 mil barris/dia para 727 mil barris/dia. A de gasolina saltou de 353 mil barris/dia para 390 mil barris/dia.

O executivo ressaltou ainda que as refinarias operaram praticamente "a capacidade plena", com utilização de 90% no primeiro trimestre e pico de 94% em março. "É um nível muito alto em qualquer lugar do mundo."

PREÇOS

Sobre os preços dos combustíveis ao consumidor, Costa disse "era já esperada uma queda" em razão do fim da entressafra da cana-de-açúcar e que a BR apenas se antecipou ao definir uma redução de 13% no valor do etanol e de 6% na gasolina --misturada na proporção de 25% com o álcool anidro (sem álcool e de uso exclusivo para a composição com o derivado de petróleo).

Costa ressaltou ainda que desde maio de 2010 o preço da gasolina é o mesmo nas refinarias: R$ 1,05, menos de um terço do custo final do produto.

As variações decorrem das oscilações do preço do álcool e da demanda mais aquecida, que permite aos postos e distribuidoras repassar mais facilmente aumentos de custo.

Costa não quis adiantar valores nem projetos da área de refino antes da divulgação do novo plano. Uma cifra mais precisa será conhecida nas próximas semanas quando a Petrobras divulgar seu novo plano de negócios.

 

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