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35 marcas de roupa são investigadas por trabalho irregular
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FELIPE VANINI BRUNING
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
MARIANA SALLOWICZ
DE SÃO PAULO
No rastro da investigação sobre a Zara, 35 empresas do varejo de moda estão sob suspeita de utilizar mão de obra irregular.
Desse total, há 20 grandes marcas e 15 lojas do Brás e do Bom Retiro --bairros da região central de São Paulo com intenso comércio de roupas--, afirma Luís Alexandre de Faria, auditor fiscal do Ministério do Trabalho.
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A base das suspeitas são os métodos semelhantes de fluxo de mercadorias.
Segundo Faria, os nomes não podem ser revelados para não prejudicar as investigações.
"Temos de realizar as operações aos poucos porque não temos condições humanas de ir a todos os locais ao mesmo tempo", disse ele.
Segundo o auditor, porém, as apreensões de mercadoria de grandes redes já efetuadas em ateliês com trabalhadores em condições desumanas não serviram de exemplo. "Esperamos pró-atividade de quem está em situação irregular, pois a fiscalização está se intensificando", afirma.
Faria cita que casos de redes conhecidas não foram suficientes para inibir a exploração de trabalhadores. Entre os mais recentes, estão apreensões de fornecedores de Collins, Pernambucanas, Marisa e 775.
OPERAÇÕES
Renato Bignami, assessor da Secretaria de Inspeção do Trabalho, afirma que desde julho de 2009 foram realizadas cerca de 30 operações de fiscalização no Estado de São Paulo. "Emitimos 200 autos de infração, com valores estimados em R$ 4,5 milhões", disse.
Segundo ele, os autos dão direito à defesa; a multa só é aplicada ao fim da análise. Também foram resgatados 84 imigrantes em condições degradantes de trabalho. "A maioria é da Bolívia, mas há outras nacionalidades, como peruana e paraguaia."
Bignami explica que, em julho de 2009, foi assinado um pacto estadual contra a precarização do trabalho por diversas entidades, entre elas Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal e Polícia Federal. "O setor do vestuário está sendo intensamente investigado desde então", afirma.
OUTRAS MARCAS
No ateliê em que foram apreendidas peças da Zara, no interior de São Paulo, a fiscalização também encontrou etiquetas da Ecko, Gregory, Billabong, Brooksfield, Cobra d'Água e Tyrol.
Segundo a diligência feita no local, metade das peças era destinadas à Zara, e o restante, às demais marcas.
Procuradas, as seis empresas negaram as acusações. Algumas delas disseram que são alvos de falsificações frequentemente.
Porém, segundo Nei Messias Vieira, procurador do Trabalho do Ministério Público de Campinas, havia indícios de que as peças eram originais.
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