Preço do petróleo nos EUA sobe após passagem de furação

O Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) para entrega em outubro fechou nesta terça-feira em alta de 1,86%, cotado a US$ 88,9 por barril, devido em parte ao fechamento de algumas refinarias nos Estados Unidos após a passagem do furacão "Irene" pelo nordeste do país.

Ao término do pregão na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York), os contratos de futuros do WTI haviam subido US$ 1,63 em relação ao preço de fechamento anterior.

O barril do Texas, que nesta terça-feira fechou em seu preço mais alto desde 3 de agosto, quando valia US$ 91,93, se viu pressionado para cima após a passagem de "Irene" pela costa leste dos EUA provocar o fechamento parcial de uma refinaria de Sunoco na Filadélfia e outra de ConocoPhillips em Nova Jersey.

O preço do petróleo também se viu influenciado pela alta do preço dos imóveis nos EUA, que subiu no segundo trimestre do ano 3,6% comparado com os primeiros três meses de 2011, quando caiu 4,1%, segundo o índice Case-Shiller, elaborado pela agência Standard & Poor's.

O dado, que aponta uma ligeira recuperação do mercado imobiliário no país, pesou mais no humor dos investidores que a queda da confiança dos consumidores dos EUA em agosto até seu nível mais baixo em mais de dois anos, segundo o The Conference Board.

Já o preço do barril do Brent, de referência na Europa, para entrega em outubro fechou nesta terça-feira em alta, cotado a US$ 114,02, enquanto as atenções continuam centradas na solução do conflito da Líbia.

O petróleo do Mar do Norte fechou no Intercontinental Exchange Futures em Londres US$ 1,98 a mais que os US$ 112,04 cotados na segunda-feira. O valor do Brent oscilou nesta terça-feira entre US$ 111,16 e US$ 114,25.

O preço do petróleo continua às expectativas da solução do conflito civil na Líbia, país que até fevereiro passado exportava 1,6 milhão de barris de petróleo por dia, mas que agora tem uma produção inferior a 100 mil barris.

Os rebeldes líbios deram um ultimato de três dias para a rendição das forças do ditador Muammar Kadafi, que continua em paradeiro desconhecido, enquanto buscam acelerar sua atividade política e logística em Trípoli para normalizar a situação e enviar uma mensagem de estabilidade.