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Investidor dos EUA prefere Brasil a outros dos Brics, diz estudo
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DA REUTERS
O Brasil é o país preferido entre os Brics --que incluem ainda Rússia, Índia e China-- por investidores norte-americanos no mercado acionário, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira.
Cerca de 60% dos gestores baseados nos Estados Unidos colocam o Brasil como principal destino de recursos dentro do universo dos quatro emergentes. A China aparece em seguida, com 27%.
A pesquisa --realizada pela consultoria de comunicação FD (Financial Dynamics)-- ouviu investidores como BlackRock, Franklin Templeton e Boston Company Asset Management.
"Os investidores acreditam que os fundamentos das companhias brasileiras são o ponto mais importante para as decisões de portfólio", disse em comunicado o vice-presidente da FD, Gordon McCoun.
"Mas em um tempo em que a incerteza macroeconômica [global] está retardando a alocação de capital em mercados emergentes, as companhias brasileiras precisam trabalhar duro para aumentar sua visibilidade com a comunidade financeira dos EUA", acrescentou.
O levantamento mostra ainda que 12,5% dos investidores consultados estão muito otimistas com as empresas brasileiras, com outros 66,7% relativamente otimistas e 18,8% neutros. Não houve respostas indicando pessimismo.
No total, 33 grupos que investem na América Latina e no Brasil participaram do estudo, que foi conduzido de 26 de julho a 15 de agosto.
Trinta e nove por cento deles ampliaram os investimentos em ações no Brasil no último ano, 24% mantiveram suas aplicações e cerca de 36 por cento reduziram suas posições.
SMALL CAPS
Cerca de metade dos investidores norte-americanos consideram investir em empresas brasileiras listadas em Bolsa com valor de mercado de até US$ 5 bilhões, com a outra metade mencionando as maiores.
Ao mesmo tempo, a existência de recibos de ações nos EUA (ADRs) é um fator crítico para que os gestores invistam nas companhias brasileiras. Como normalmente são as grandes empresas que têm programas de ADRs, as menores --as "small caps"-- acabam tendo visibilidade inferior para atração de investimento.
Quanto aos setores e indústrias citados pelos investidores norte-americanos, o preferido no Brasil é o financeiro, seguido por construção, energia e consumo.
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