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10/11/2010 - 15h35

Fraude no PanAmericano envolve venda de carteira para outros bancos

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EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

A crise no banco PanAmericano pode ser explicada de uma maneira muito simples. Imagine uma pessoa que venda um apartamento, gaste o dinheiro, mas continue utilizando aquele bem como garantia para fazer outros negócios.

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Há poucos meses, a fiscalização do BC (Banco Central) detectou uma irregularidade parecida envolvendo o PanAmericano, que é controlado pelo Grupo Silvio Santos e tem como sócia a Caixa Econômica Federal.

Eduardo Cucolo

A crise financeira de 2008 e 2009 levou muitos bancos médios e pequenos a venderem suas carteiras de crédito para grandes instituições financeiras. Essa foi a uma das formas encontradas para levantar dinheiro e evitar quebras no sistema financeiro nacional.

Ao analisar esses negócios, no entanto, o BC percebeu que o valor que os bancos grandes informavam ter comprado do PanAmericano estava acima do que essa instituição dizia ter vendido.

Essa diferença estava próxima de R$ 2,5 bilhões, valor suficiente para deixar o banco com patrimônio negativo e provocar a sua liquidação.

A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao Fundo Garantidor de Crédito.

Como o fundo é uma entidade privada, não houve utilização de recursos públicos. Além disso, a Caixa não terá de arcar com a perda.

Além da troca no comando do banco, aprovada hoje pelo BC, haverá agora uma investigação para apurar se houver crime e quem foram os beneficiados.

Não está descartada a possibilidade de que o erro na contabilidade tenha sido cometido deliberadamente, com objetivo de favorecer os responsáveis com o pagamento de dividendos e bônus por desempenho.

O BC avalia o acordo com positivo. Para a instituição, a quebra do PanAmericano poderia causar pânico no mercado e desconfiança em relação a outras instituições financeiras.

 

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