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No G20, premiê britânico apresenta plano para incentivar crescimento
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, apresentou nesta sexta-feira em Cannes um plano para a "direção econômica mundial", que potencialize o G20 e priorize o crescimento.
Em seu relatório, Cameron propõe superar o "espírito de informalidade" que ainda existe no G20, já que o grupo de países desenvolvidos e principais emergentes representa 85% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, mas por outro lado não é uma instituição formal.
De acordo com Cameron, nenhum outro grupo mundial tem essa conjunção de flexibilidade, peso econômico e diversidade, além de adotar acordos sobre assuntos econômicos.
O primeiro-ministro do Reino Unido propõe formalizar um trio de direção do G20, assim como existe em outras instituições internacionais, integrado pelo país responsável pela Presidência atual do grupo, o anterior e o seguinte.
Cameron também propõe a ideia de um secretariado permanente, que ajude a Presidência rotativa a desenhar uma agenda caracterizada pela continuidade.
O relatório do primeiro-ministro pede um reforço da OMC (Organização Mundial do Comércio), "como o guarda de todo sistema do comércio mundial", aumentando seus poderes de vigilância para lutar contra o protecionismo, solucionar os mecanismos de disputa comercial, e atualizar suas normas para fomentar a liberalização.
O documento modifica também as funções do Conselho de Estabilidade Financeira, atualmente um mecanismo que assessora o G20 e que passaria a ser uma entidade independente.
Através de um comunicado, David Cameron disse que na economia moderna e global, "somente podemos vencer a crise se atuarmos de forma coordenada". "Nossos cidadãos simplesmente querem uma resposta sobre como vamos superar os obstáculos no crescimento mundial", disse.
FIM DO EURO
O Reino Unido também prepara medidas de contenção para o caso de a crise da dívida europeia vir a acabar com o euro, segundo anunciou o ministro britânico das Finanças, George Osborne.
"É isso que se espera de nós. É nossa responsabilidade para com o povo inglês", declarou em uma entrevista.
"Estamos ocupados com nossas dívidas e nossa situação, mas também estamos nos preparando para o que o mundo ou a zona do euro nos enviar", acrescentou.
A crise grega colocou no banco dos réus o futuro do euro. Segundo o ministro francês de Assuntos Europeus, Jean Leonetti, a Grécia seria excluída da zona euro, mas também da União Europeia se não aceitar o plano decidido pelos países europeus em 27 de outubro para tentar resolver a crise da dívida.
Osborne pediu que os países da zona do euro "assumam suas responsabilidades e defendam sua moeda". "Ninguém pode fazer isso por eles, nem mesmo o Reino Unido", afirmou ainda.
"O resto do mundo, o Reino Unido, a China e o Japão inclusive, devem se assegurar de que o sistema econômico internacional permaneça estável e com fundos suficientes, e isso inclui o FMI", acrescentou.
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