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09/11/2011 - 08h50

Títulos italianos atingem rendimento recorde mesmo com renúncia

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Mesmo com o anúncio de renúncia do premiê Silvio Berlusconi, a desconfiança em relação à saúde financeira e econômica da Itália segue forte nesta quarta-feira.

O prêmio de risco da Itália, medido pela diferença entre o bônus nacional a dez anos e o alemão do mesmo prazo, alcançou os 520 pontos básicos, superando a barreira dos 500 pontos que em outros países, como Portugal, desencadeou o resgate econômico por parte da UE (União Europeia).

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Ao mesmo tempo, as taxas das obrigações italianas a dez anos subiram até 7,25%, segundo o jornal britânico "The Guardian", um novo recorde considerado insustentável para financiar a dívida do país.

A barreira dos 500 pontos básicos no prêmio de risco e de 7% de rentabilidade dos bônus a 10 anos foi o ponto em que Grécia, Irlanda e Portugal se viram obrigados a requisitar ajuda financeira dos sócios da UE e do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Thierry Charlier/France Press
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O tamanho da Itália, porém, complica a situação e dificulta que os europeus possam assumir um resgate. Ontem, autoridades da Finlândia e da Áustria alertaram que a Itália é um país excessivamente grande para ser resgatado em um pacote de ajuda, a exemplo do que está sendo feito com a Grécia.

"É difícil ver que nós na Europa teríamos os recursos para colocar um país do tamanho da Itália em um programa de resgate", afirmou o primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen.

Ecoando a visão do finlandês, a ministra austríaca da Economia, Maria Fekter, afirmou que, devido ao tamanho da Itália, Roma deve adotar medidas de ajuste fiscal para não precisar de um resgate europeu, a exemplo dos gregos.

Outro ponto que preocupa os mercados é a falta de confiança inspirada pelo governo italiano ao prometer reformas e cortes nos gastos que até o momento não foram cumpridos.

RENÚNCIA

Nessa direção, o premiê italiano, Silvio Berlusconi, prometeu que deixará seu cargo somente após a aprovação das medidas prometidas à UE para balancear as contas nacionais, o que, segundo ele, acontece até o fim do mês.

"Devemos dar respostas imediatas aos mercados. Não podemos esperar mais para adotar as medidas que decidimos; esse foi meu compromisso com a Europa e, antes de ir, quero cumpri-lo", ressaltou ao jornal "La Stampa".

"Faço um chamado a todos, maioria e oposição, para que essas medidas sejam aprovadas o quanto antes, e depois apresentarei minha renúncia".

Cedendo a crescentes pressões políticas, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, confirmou ontem que renunciará ao cargo após a aplicação das medidas de austeridade para reduzir o deficit público do país exigidas pela UE.

Na terça-feira, enquanto o primeiro-ministro italiano decidia se apresentaria sua renúncia após aprovar as medidas econômicas pactuadas com a UE, o prêmio de risco alcançou o recorde histórico de 500,5 pontos.

 

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