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China protesta pela ampliação de presença militar dos EUA na Austrália
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DA EFE, EM PEQUIM
A China demonstrou sua insatisfação com o anúncio de que os Estados Unidos vão aumentar a presença militar na Austrália, garantindo que se trata de uma decisão tomada no momento errado e contrariando os interesses da região.
"A China está convencida que a paz e a cooperação estão de acordo com os tempos, especialmente em contexto de lento crescimento econômico, por isso que não considera apropriado, nem ajustado ao interesse dos países desta região, intensificar e expandir alianças militares", assinalou o porta-voz das Relações Exteriores chinês Liu Weimin.
Liu lembrou que a China "nunca se envolveu em aliança militar" e que Washington reiterou em diversos fóruns que não teme a ascensão chinesa, por isso Pequim confia em que os EUA "manterão sua palavra".
"Barack Obama e outros altos cargos disseram repetidas vezes que dão as boas-vindas a uma China forte e próspera, e que não têm intenção em contê-la", lembrou o porta-voz oficial na entrevista coletiva.
Obama e a primeira-ministra australiana, Julia Gillard, anunciaram nesta quarta em Canberra que os EUA expandirão a presença militar no norte do país oceânico, dirigido a resistir à pujança chinesa na região.
As crescentes tensões entre a China e os países do sudeste asiático pela soberania das ilhas Spratly e Paracel, no mar da China Meridional, estão por trás desta manobra estratégica de Washington. As duas ilhas envolvidas nas disputam concentrariam as maiores reservas de petróleo do mundo.
As principais tensões neste ano na região envolveram a China, o Vietnã e as Filipinas, país onde a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, voltou a prometer nesta quarta-feira o aumento do apoio militar americano, perante o que Manila considera uma atitude ameaçadora de Pequim.
A esse respeito, o porta-voz chinês manifestou na entrevista coletiva que "a postura do país sobre a cooperação com a Austrália pode também ser aplicada para as Filipinas".
Liu acrescentou que a China não tem intenção de tratar o conflito das ilhas Spratly e Paracel na 4ª Cúpula do Leste Asiático, de 17 de novembro em Bali (Indonésia), já que segundo o porta-voz abordar o conflito "destruiria o bom ambiente de desenvolvimento na região".
"A interferência de forças externas ao conflito não fará nenhum bem ao conflito, pelo contrário, pode complicar", concluiu o porta-voz, que, por outro lado, deu boas-vindas aos Estados Unidos e à Rússia na cúpula.
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