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08/12/2011 - 11h01

Comunistas russos exigem julgamento de responsáveis pelo fim da URSS

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DA EFE, EM MOSCOU

O Partido Comunista da Rússia (PCR) considerou um delito a assinatura dos acordos de Belovezhskaya Pushcha, que formalizaram o fim da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) há 20 anos, e insistiu que os responsáveis pelo documento devem ser levados à Justiça.

"O dia da assinatura dos acordos de Belovezhskaya Pushcha --8 de dezembro de 1991-- é o dia da traição aos interesses do Estado, às suas conquistas históricas, ao seu povo e a toda uma geração de patriotas soviéticos", disse nesta quinta-feira à agência Interfax o vice-presidente dos comunistas russos, Ivan Melnikov.

O também vice-presidente da Duma, a câmara baixa do Parlamento, na legislatura passada reafirmou que "as pessoas que puseram uma cruz sobre uma forte estrutura geopolítica criada por nossos pais e avôs devem ser julgados".

"As causas de muitos problemas que afetaram os chamados 'Estados independentes' não são apenas de terem liberais desaforados e burocratas corruptos no governo, mas no enfraquecimento da economia nacional e da segurança, na fratura de toda uma cobertura cultural e econômica", destacou Melnikov.

O dirigente comunista acredita que os acordos assinados pelos então líderes da Rússia, Boris Yeltsin; Ucrânia, Leonid Kravchuk, e Bielorrússia, Stanislav Shushkevich, "afetaram muitas famílias e puseram fronteiras estatais entre esposas e maridos, irmãs e irmãos".

As iniciativas promovidas, entre outros, pelo primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, para formar novas estruturas supranacionais no território pós-soviético, como no caso da chamada União Euro-asiática, não foram apreciadas pelo vice-presidente do PCR.

"São oligarcas das antigas repúblicas soviéticas que tentam ampliar seus mercados, procuram novos benefícios, e as consequências disso podem ser vistas no exemplo da União Europeia, onde o bloco se formou na base do dinheiro e dos interesses materiais", apontou.

 

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