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27/12/2011 - 11h02

Presidente do Paquistão diz que há conspiração antidemocrática

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, pediu à população para se proteger contra o que chamou de conspirações antidemocráticas nesta terça-feira, em uma aparente referência às tensões entre o seu governo e o Exército por causa de um memorando secreto enviado a Washington no início deste ano.

Zardari afirmou que, se os paquistaneses acatassem seu pedido, isso seria uma homenagem a sua mulher, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, no aniversário de seu assassinato por supostos militantes em 27 de dezembro de 2007. Segundo ele, a morte de Bhutto também foi uma conspiração contra a democracia.

"Peço a todas as forças democráticas e aos paquistaneses patriotas que frustrem todas as conspirações contra a democracia e suas instituições", disse em um comunicado enviado à imprensa.

Uma manifestação em homenagem à mulher do presidente paquistanês reuniu mais de 70 mil pessoas, de acordo com estimativas da polícia.

A crise atual no país envolve um memorando supostamente enviado pelo ex-embaixador do Paquistão nos Estados Unidos, Husain Haqqani, a uma autoridade americana de alto escalão pedindo ajuda para impedir um suposto golpe militar, logo após uma intervenção dos EUA que matou Osama bin Laden, em maio.

A operação irritou o governo paquistanês por ele não ter sido informado sobre o assunto.

Haqqani negou qualquer conexão com o memorando, mas se demitiu na sequência do escândalo. Zardari também negou afirmações de que o documento foi enviado com o seu apoio.

O memorando indignou o Exército, que negou planejar um golpe. As tensões de longa data entre o governo civil e os militares, porém, voltaram a crescer. A Força Armada já realizou uma série de golpes e governou o país durante a maior parte de sua história de 64 anos independente.

O atrito cresceu na semana passada, quando a Suprema Corte abriu uma audiência sobre o escândalo, levando o primeiro-ministro, Yousuf Raza Gilani, a dizer que havia uma conspiração em curso para derrubar o governo.

 

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