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06/01/2012 - 12h01

Mídia estatal chinesa adverte EUA sobre presença militar na Ásia

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DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A China, por meio de sua imprensa oficial, alertou nesta sexta-feira os Estados Unidos contra aumentar sua presença militar na Ásia-Pacífico, após Washington anunciar ontem sua estratégia de se focar na região.

Em um editorial, a agência estatal de notícias Xinhua afirmou que a decisão do presidente americano, Barack Obama, de aumentar a presença dos EUA na área poderia impulsionar a estabilidade, mas também "colocar a paz em risco".

"Enquanto aumenta sua presença militar na região da Ásia-Pacífico, os Estados Unidos devem se abster de flexionar seus músculos, porque isso não vai ajudar a resolver disputas regionais", afirmou o texto.

"Se os EUA utilizar seu militarismo na região de forma indiscreta, será como um touro numa loja de porcelana, e colocará em perigo a paz, em vez de aumentar a estabilidade regional", acrescentou.

O jornal chinês "Global Times" --pertencente ao Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista chinês-- afirmou que a China não deve se intimidar com a maior presença militar dos EUA na Ásia, embora analistas e o próprio governo norte-americano digam que Pequim não tem nada a temer.

A nova estratégia de defesa dos EUA, anunciada oficialmente na quinta-feira pelo presidente Barack Obama, prevê uma redução no tamanho e no orçamento das suas forças militares, mas uma maior presença na Ásia. Pequim teme que o objetivo de Washington seja cercar a China e conter seu crescente poderio.

"É claro que queremos evitar uma nova Guerra Fria com os Estados Unidos, mas ao mesmo tempo devemos evitar abrir mão da presença de segurança da China na região vizinha", disse o jornal.

O "Global Times" tem uma inclinação nacionalista, e seus comentários não necessariamente refletem as posições do governo. Os ministérios da Defesa e Relações Exteriores não se pronunciaram sobre a nova política estratégica dos EUA.

Ao apresentar a nova política militar dos EUA, que reflete uma menor ênfase nos conflitos do Iraque e Afeganistão, Obama disse que "a maré da guerra está recuando", e o secretário norte-americano de Defesa, Leon Panetta, afirmou que as Forças Armadas precisam ser "menores e mais enxutas".

Os EUA dizem que pretendem colaborar com a China na busca por prosperidade e segurança na região, mas que continuará tratando de questões de segurança como o controle do mar do Sul da China, por onde circula um comércio anual de 5 trilhões de dólares. Há disputas territoriais envolvendo China, Taiwan, Filipinas, Malásia, Vietnã e Brunei na região.

 

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