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17/01/2012 - 08h27

Emergentes têm desempenho fraco no último trimestre

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ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO

A atividade econômica nos países emergentes teve avanço modesto no último trimestre de 2011, depois de sofrer forte desaceleração entre julho e setembro.

É o que mostra indicador calculado pelo HSBC em parceria com a consultoria Markit que estima o desempenho da economia com base em informações como nível de estoques e contratações.

O Índice de Mercados Emergentes (EMI, na sigla em inglês) variou de 52 no terceiro trimestre para 52,2 no quarto (valores acima de 50 caracterizam expansão). Esse patamar de crescimento é o mais fraco desde o início de 2009, logo depois do estouro da crise financeira.

De acordo com relatório do HSBC ao qual a Folha teve acesso, uma nova contração --pelo segundo trimestre consecutivo-- da produção do setor industrial explica o desempenho fraco das economias emergentes.

MEDIDAS

O banco ressalta que o enfraquecimento da atividade manufatureira foi mais evidente na Ásia. Mas dados calculados pelo HSBC e pela Markit também indicaram contração na atividade industrial do Brasil em dezembro.

O comportamento do setor manufatureiro foi compensado em parte por uma aceleração da atividade no segmento de serviços dos países emergentes.

Segundo o HSBC, o desempenho do setor de serviços no Brasil nos últimos três meses de 2011 foi o mais forte desde o primeiro trimestre de 2010.

De acordo com o banco britânico, a crise europeia ainda não teve forte impacto nos países emergentes.

"Na maior parte do ano passado, a perda de impulso foi associada com a fraqueza do crescimento nos EUA, no Reino Unido e nas próprias economias emergentes", diz Stephen King, economista-chefe do HSBC, no relatório.

Políticas adotadas para reduzir pressões inflacionárias contribuíram, segundo o banco, para desacelerar o crescimento dos emergentes.

E a atividade mais fraca nos últimos trimestres, por sua vez, tem ajudado a manter a inflação sob controle.

O banco prevê que, nos próximos meses, as economias emergentes sentirão os efeitos da crise europeia com mais intensidade.

Mas ressalta que os governos desses países têm espaço para cortar juros e aumentar gastos para enfrentar a piora do cenário externo.

 

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