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Aborígines queimam bandeira da Austrália em frente ao Parlamento
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DA EFE, EM SYDNEY
Um grupo de aborígines queimou nesta sexta-feira a bandeira australiana em frente ao Parlamento do país para denunciar os abusos cometidos pelas autoridades contra as minorias indígenas desde a época colonial e reivindicar seus territórios ancestrais.
Cerca de 400 aborígines marcharam até a sede parlamentar, onde um cordão policial de mais de 50 agentes impediu sua entrada, e atearam fogo à bandeira australiana, segundo o jornal local "Sydney Morning Herald".
A bandeira australiana "permitiu aos brancos violar, assassinar e destruir nosso povo durante 224 anos e vamos queimá-la", disse Coco Warren, um dos manifestantes concentrados em Canberra, citado pelo veículo.
Alguns membros do grupo, que se dissolveu minutos mais tarde sem provocar nenhum incidente, levavam a bandeira aborígine.
O protesto acontece um dia depois de a primeira-ministra australiana, Julia Gillard, e o chefe da oposição, Tony Abbott, terem sido perseguidos por um grupo de defensores dos direitos dos aborígines.
A cólera dos manifestantes foi provocada por declarações atribuídas a Abbott, nas quais o político supostamente defendia a eliminação da embaixada extraoficial aborígine instalada em frente à antiga sede do Parlamento.
"Nunca disse e nem penso isso. Especifiquei que avançamos nos assuntos que há 40 anos motivaram a instalação da embaixada aborígine", declarou o chefe da oposição.
Entre outras reivindicações, os aborígenes exigem a criação de um Estado próprio no Território Norte, a cessão dos direitos sobre seus territórios ancestrais e os direitos de exploração de minas no país.
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