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29/01/2012 - 04h27

Detido o coronel que comandou tentativa de golpe em Papua Nova Guiné

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DA EFE

O coronel aposentado que comandou esta semana uma tentativa de golpe em Papua Nova Guiné foi detido pelos corpos de segurança leais ao primeiro-ministro Peter O'Neill, informaram neste domingo os meios de imprensa australianos.

Segundo fontes policiais citadas pelo jornal "The Australian", Yaura Sasa, de 66 anos, foi detido na noite de sábado e está sendo interrogado, por isso que ainda não foram apresentadas acusações contra ele.

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Um porta-voz da Polícia, Dominic Kakas, acrescentou que nenhum dos soldados que se sublevaram com Sasa foi detido.

O coronel rebelde estava entrincheirado em um quartel dos arredores de Port Moresby desde quinta-feira, depois que sua ação fracassou por falta de apoio no Exército.

A tentativa de golpe faz parte da grave crise política aberta em Papua Nova Guiné pela luta entre Michael Somare e Peter O'Neill pelo cargo de primeiro-ministro.

Somare, de 75 anos, ocupava legitimamente a chefia do Governo desde 2002 até que no ano passado ficou doente e passou vários meses em Cingapura para receber tratamento de especialistas em cardiologia.

O'Neill, de 46 anos, aproveitou sua maioria no Parlamento para o 2 de agosto de 2011 declarar vacante a chefia do Executivo e ser eleito para o cargo na mesma sessão.

Em seu retorno, Somare combateu sua destituição no Legislativo e depois nos tribunais, e conseguiu que a Corte Suprema lhe desse a razão em um sentença do dia 12 de dezembro de 2011, que reconhece erros judiciais legais na medida que declarou vacante o cargo de primeiro-ministro.

O'Neill, que demonstrou ter a seu lado a maior parte das instituições do Estado, fez manobras no Parlamento para solucionar as deficiências legais apontadas pelo Supremo e se negou a devolver o posto a Somare.

Somare recorreu a um fiel aliado, Sasa, para que comandasse um grupo de soldados, tomasse o controle das Forças Armadas e forçasse o Parlamento a reconhecê-lo como o legítimo primeiro-ministro.

Antes de sair com os soldados, Somare nomeou Sasa chefe das Forças Armadas.

"Se esta tem que ser minha última batalha, lutarei pela Constituição", assinalou Somare em comunicado no sábado antes da detenção de Sasa.

O'Neill defende sua posição na legitimidade que lhe concede a maioria do Parlamento da nação.

 

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