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31/01/2012 - 10h54

França deve prorrogar uso de reatores, diz tribunal de contas

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DA REUTERS, EM PARIS

A França não tem opção senão prorrogar a vida útil das suas usinas nucleares, segundo parecer do Tribunal de Contas do país. O órgão afirmou nesta terça-feira que investir na renovação do parque atômico ou em energias alternativas seria caro demais e não há mais tempo para isso.

O tribunal, independente do governo francês, disse em um relatório que, "na ausência de decisões de investimento, uma decisão implícita já foi tomada, que compromete a França a prorrogar a vida útil dos reatores para além dos 40 anos, ou alterar rapidamente a matriz energética, o que implica mais investimentos".

Até o final de 2022, 22 dos 58 reatores da França já terão 40 anos em operação. A França é o país do mundo que mais depende da energia atômica.

O relatório, publicado nesta terça-feira, defendeu que, se a vida útil dos reatores for limitada a 40 anos, o país teria de construir 11 reatores de nova geração dentro de dez anos.

"Colocar em prática tal programa de investimentos em curto prazo é altamente improvável, até impossível", disse o relatório.

A estatal energética EDF, que opera todos os reatores franceses, já manifestou a intenção de prorrogar a vida útil das usinas para 60 anos, embora não haja um limite oficial ao seu funcionamento. A maior parte dos reatores franceses foi construída nas décadas de 1980 e 90.

O Tribunal de Contas disse também que a manutenção dos atuais níveis de geração elétrica exigiria enormes investimentos em curto e médio prazo, incluindo uma duplicação das verbas de manutenção, o que por sua vez poderia elevar o custo da energia em até 10%.

O tribunal recomendou que no futuro a matriz energética se baseie em uma estratégia elaborada, debatida e adotada com transparência.

 

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