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América Latina deve liderar recuperação econômica mundial
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DA EFE, EM HONG KONG
A América Latina está em um de seus melhores momentos para liderar a recuperação econômica mundial se mantiver o ritmo de crescimento dos últimos anos, previram os analistas financeiros que assistem ao 2º Fórum de Investidores da América Latina e Ásia-Pacífico nesta terça e quarta-feira em Hong Kong.
A diversificação econômica e o rápido crescimento da classe média na América Latina impulsionaram o desenvolvimento sem depender das economias externas, destacaram os analistas do fórum. Entre os participantes estão diretores de companhias investidoras latino-americanas e asiáticas em busca de novos negócios.
O Brasil, seguido do Chile e da Colômbia, lidera o desenvolvimento econômico, que deve acelerar a partir do segundo semestre de 2012, declararam os analistas.
Conforme afirmou à Agência Efe o diretor-executivo de mercados emergentes da CIBC World Markets, John Welch, a América Latina está perfeitamente posicionada para os próximos dez anos por suas políticas macroeconômicas boas e um considerável crescimento da classe média.
DEMANDA INTERNA
Estamos em uma parte do ciclo onde a demanda interna é mais importante do que a externa, o que permite ser mais independente de fluxos externos, explicou Welch.
A diversificação das indústrias permitiu a América Latina sobreviver melhor à crise econômica e tomar vantagem no arrefecimento econômico global para aumentar as exportações, explicaram os presentes à conferência no primeiro dia do fórum latino-asiático.
Para o assessor de alianças estratégicas do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Bernardo Guillamón, o crescimento vem acompanhado de desafios, que passam por uma melhoria das infraestruturas, do sistema educacional e a potencialização dos investimentos em matéria de inovação.
América Latina investe 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em infraestruturas frente à média de 25% na região asiática.
CHINA COMO PARCEIRO COMERCIAL
Guillamón explicou a Efe que a entrada da China como parceiro comercial na América Latina permitiu diversificar o investimento até então concentrado com a Europa e os EUA, e potenciar acordos comerciais beneficentes. China é o principal parceiro comercial do Brasil, Peru e Chile.
O veloz avanço da classe média na China beneficiou ainda a indústria latino-americana, com acordos comerciais que permitiram crescimento do comércio, antes concentrado em pequenos grupos da população.
Guillamón citou o exemplo da quantidade de vinho chileno e argentino que chega ao continente asiático e a demanda de uva para implantação de vinícolas na China.
A expansão da América Latina está concentrada nas cidades com mais de 1 milhão de habitantes, de onde provêm 55% do PIB, com expectativas de alcançar até 85%.
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