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Brasil condiciona aporte adicional ao FMI a medidas anticrise da Europa
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DA EFE, EM BRASÍLIA
O Brasil vai condicionar a contribuição adicional ao Fundo Monetário Internacional (FMI) à elevação dos percentuais no organismo e a que os países europeus aumentem seus recursos e demonstrem adoção de medidas para enfrentar a crise, declarou nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Conforme Mantega, o Brasil só fornecerá mais dinheiro com uma forte contribuição dos europeus e depois de considerar se as medidas adotadas foram adequadas para tornar a economia europeia mais segura e ainda se o aporte se transformar em cotas adicionais ao país na instituição.
O ministro apresentou a posição nacional por causa da reunião, na próxima semana, dos membros do FMI em Washington para discutir a ampliação dos recursos disponíveis do organismo para oferecer novos empréstimos a países em crise.
Mantega declarou que os ministros da Fazenda dos países do chamado fórum Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) terão na quinta-feira encontro paralelo ao do FMI para decidir se entrarão com aumento de capital no organismo internacional e de quanto será a colaboração dos emergentes.
Ele acrescentou que inicialmente se falava em avanço de capital do FMI de US$ 600 bilhões, mas que recentemente essa quantia foi reduzida para US$ 400 bilhões.
RECURSOS
A diretora-gerente do organismo, Christine Lagarde, advertiu em janeiro que os recursos para empréstimos poderiam ser poucos se a crise de dívida soberana se agravasse na Europa, mas na semana passada admitiu que a demanda "não se apresenta tão grande como a estimativa do início do ano".
Mantega afirmou que os membros do Brics já acordaram a concessão de recursos adicionais ao FMI sempre e quando os países europeus cumpram o compromisso que assumiram de aumentar a segurança financeira para evitar que a crise se expanda ao restante do mundo.
"O Fundo está demorando a fazer reformas que deem mais poder de decisão e participação aos países emergentes," criticou o ministro.
De acordo com ele, há uma "reticência" dos países europeus em levarem adiante as reformas no FMI. "Eles querem dinheiro, mas não querem levar adiante as reformas.
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