Congresso dos EUA pressiona investigação sobre escândalo de agentes

Dois deputados republicanos manifestaram neste domingo a sua confiança no chefe do Serviço Secreto dos Estados Unidos, apesar do escândalo envolvendo agentes do país e prostitutas na Colômbia, e o presidente de um comitê do Senado disse que planeja convocar audiências sobre o caso.

O senador Joseph Lieberman, um independente que preside o Comitê de Segurança Interna e Assuntos de Governo, afirmou que enviará nesta semana perguntas específicas ao Serviço Secreto sobre o escândalo, antes de a comissão promover audiências públicas. Outros comitês do Congresso também investigam o caso.

O Serviço Secreto, que protege o presidente, o vice e outras figuras políticas importantes, disse na sexta-feira que mais três dos seus empregados pediram demissão. Assim, seis pessoas ao todo deixaram o serviço em ligação com o escândalo, que ocorreu neste mês, antes de o presidente Barack Obama visitar Cartagena para a Cúpula da Américas.

O Serviço Secreto também declarou que está investigando um 12º agente. O incidente também envolveu 11 militares.

O deputado Peter King, presidente do Comitê de Segurança Interna da Casa dos Representantes, afirmou à NBC esperar a saída de outros agentes "num futuro muito próximo".

Pelo menos 21 mulheres foram levadas a um hotel. O comportamento dos agentes foi exposto quando uma das colombianas reclamou que ela não havia recebido o pagamento suficiente, o que resultou no envolvimento da polícia local.

Lieberman afirmou que a Casa Branca deveria checar todo o pessoal da Presidência envolvido na viagem a Cartagena "para se certificar que ninguém teve comportamento inapropriado, como o dos agentes".

O diretor do Serviço Secreto, Mark Sullivan, recebeu neste domingo o apoio do deputado King. "O diretor Sullivan tem agido de forma efetiva, e a investigação está a toda velocidade. Ele está fazendo um bom trabalho", declarou King.

Outro deputado republicano que apoiou Sullivan foi Darrell Issa, também presidente de comitê.

O senador Lieberman disse que neste momento tem confiança em Sullivan. "Ele está conduzindo uma boa investigação."